segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Foi assim...

Foi o Natal que Caio mais curtiu, interagiu, riu, adorou as músicas, as luzes, se agarrou nos seus pacotes de presente... E ver meu filho assim, cada dia mais antenado às coisas que acontecem à sua volta e feliz... é o meu maior presente, para todos os dias.

Lindo ajudante de Papai Noel...

Os manos com o bom velhinho - e Ito pensando no que ia dizer para ele...

Me desculpem a babação descontrol, mas meu primogênito é muito lindo!!!!

Não são presentes de Deus, essas duas jóias?

Eu até que tava arruma-Dinha, com um colar lindo e blusa nova, mas não deixei fotografar a havaianas no pé ainda inchado (a cor dela não combinava com minha roupa - hehehe).

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Jingle Bells

Desejo a todos os meus amigos um Natal assim: doce, alegre, puro, como o sorriso das crianças!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Republicando: O tamanho da minha árvore

Há um ano, quando me mudei para minha atual casa, deixei inúmeros móveis e pertences num cômodo vazio na casa da minha sogra. Entre eles, minha árvore de Natal, com mais de 2 metros e 10 de altura. Ano passado pedi emprestado um pinheiro que minha cunhada tinha sobrando, bem pequeno, e o acomodei em cima da nossa cristaleira. Afinal, eu pensava, é provisório, ano que vem estaremos em nossa nova casa, com espaço de sobra para minha árvore legítima.

O ano chega ao fim e as coisas que eu esperava ainda não se resolveram. Mas este ano, bati o pé. Quero minha árvore de volta! Mas não temos espaço! Ela é muito grande, vai ocupar toda a sala! Como resolver? Reordenamos os móveis, troquei o sofá de quatro lugares pelo de dois, com duas poltronas avulsas e voalá! Eis minha árvore de Natal que tanto quis enfeitar para meus meninos. Gosto dela. Tem bolas antigas que minha avó me deu. Tem bolas um pouco mais modernas, que eu e o Sandro compramos logo que casamos. Tem enfeites de madeira que pusemos quando engravidei do Yuri. Tem bonecos de pelúcia que acrescentamos após o nascimento do nosso primeiro filho. Anjos comprados no primeiro Natal do Caio conosco. Todo ano, encontramos um tipo de enfeite novo para colocar, fazendo referência à nossa própria história como família.

Ao vê-la montada, por essas coisas que não se explicam, a primeira coisa que veio à minha cabeça foi: minha árvore é do tamanho dos meus sonhos.


Sim, era isto que eu queria provar pra minha família e pra mim mesma! Não era simplesmente a árvore de Natal. Eram meus sonhos de resolver a questão eterna da minha herança e comprar de uma vez minha casa própria. Era minha fé de que, como costumo dizer, quanto mais o tempo passa é menos tempo que falta pro Caio ficar cada vez melhor, mais autônomo. Era o meu amor. Pelos meus filhos, pela vida, por Deus, pelos meus amigos.

Porque é exatamente assim que eles são. Nossos sonhos podem não caber em nossa realidade. Mas se priorizarmos o que realmente queremos eles podem se manter erguidos ao nosso lado. Nossa fé nunca precisa ser do tamanho de nossos medos ou frustrações. Ao contrário, ela precisa estar ali o tempo todo, imponente e majestosa! E se vamos falar em amor... Ele nunca será exageradamente grande. Amor não tem tamanho! E existe pra enfeitar nossas vidas.

Minha árvore de Natal. Que ofereço a meus filhos, meu marido, minha mãe e minhas melhores amigas. Ela é do tamanho dos meus sonhos. De ver realizado em 2010 os desejos mais profundos de cada um. No tamanho do seu merecimento e do afeto que lhes tenho!

BOAS FESTAS!

P.S. Post publicado originalmente em dez/2007, mas as fotos estão atualizadas.

sábado, 19 de dezembro de 2009

A bota da mamãe Noel


Estou de molho desde segunda-feira passada.
Uma virada boba de pé e desloquei os tendões... A dor, parece, foi pior do que se tivesse quebrado. Porque durante o atendimento no HPS, o raio-x comprovou que, numa das minhas infinitas quedas, eu já quebrei na altura do tornozelo duas vezes.
Menos mal que não foi dessa vez, até a próxima segunda devo estar livre do meu adereço... Com calor, com filhos de férias, com a dor... foram dias difíceis, mas que já estão indo embora, juntinho com 2009.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Dúvida cruel

Em qual "cor" ele fica mais lindo?


Versão Sépia

Em P&B

Ou naturalmente colorido?

sábado, 12 de dezembro de 2009

Um ano para trás, novos rumos pela frente

Hoje completa um ano que estou desempregada.
A notícia, quando veio, foi um misto de emoções. O clima estava pesado demais no trabalho, as previsões não eram nada otimistas, então, de certa forma, foi um alívio. E hoje sei que meu ex-chefe foi realmente honesto em seus motivos para me demitir – eu fui uma privilegiada. Mas, claro, por outro lado as preocupações em como manter o Caio e suas necessidades, sempre inadiáveis como digo, foram – e seguem sendo – imensas.
Mas, um ano depois, vi que sobrevivemos.
Não sem a generosa ajuda de amigos preciosos, confesso. Me envergonho por necessitar deles. Mas me orgulho e agradeço demais ter sua abençoada presença em nossas vidas.

Vamos passar um Natal magérrimo, dos mais magros dos últimos anos. Tem horas que fico triste, mas vou tentar dar uma erguida e fazer os biscoitinhos de Natal que minha avó Piti fazia... e mostrar para o Yuri que o espírito de Natal é muito mais do que montes de presentes.

E apesar de tudo o que temos passado, não tenho mais a ânsia e nem penso em voltar a trabalhar fora. Caio tem precisado muito de mim, da minha presença, do meu acompanhamento. E não posso mais contar com minha mãe, que também tem atravessado uma fase difícil, nem com outra pessoa por perto. Então que existem vários planos para 2010, um em fase já de “implementação”, sigo com meus frees (quer me contratar? Hehehehe...) e penso em fazer uns 2 cursos no ano que está começando para que eu possa ter mais alternativas ainda para o meu sustento em casa, organizando meus próprios horários e tendo meus filhos sempre à minha vista.

2009 teve a insegurança financeira, mas não foi um ano ruim. Acredito que sigo tendo oportunidades de crescimento e mudança. Mas, como sou fã de anos pares (outro dia volto nesse assunto), tô torcendo pra que 2010 comece logo!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Responsabilidade Social

Assim como a inclusão, a acessibilidade e, até mesmo, feitos "mais simples", a responsabilidade social não existe em maior escala por uma única razão: má vontade. Em ajudar o próximo, em deixar um legado, em investir, principalmente, tempo.

Meu grande sonho é que o Caio pudesse fazer Equoterapia. Dizem que o contato com cavalos pode ser milagroso, especialmente para crianças com comprometimento neurológico. Caio consegue sentar parcialmente, porque tem controle do quadril, mas não tem o completo controle do pescoço. A Equoterapia poderá ajudá-lo muito. Infelizmente, não tenho condições de arcar com esta terapia. Fiz um filme sobre o Caio, pedindo esse apadrinhamento a empresas, que podem, por exemplo, se cotizar para "adotá-lo". Mas ainda não consegui nenhuma resposta positiva... O que é uma lástima... Para as empresas não é um custo alto e que ainda pode ser devolvido sob a forma de abatimento no Imposto de Renda. Então, eu sigo daqui tentando...

Se alguém entre nossos leitores, quiser passar o vídeo adiante, tem minha autorização.

Mais do que isso, tem a nossa gratidão.

http://www.youtube.com/watch?v=bgR9Pe5fFQA



terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Sonho

Hoje fui com o Caio na escola do Yuri, eles iriam fotografar um cartão de Natal juntos.
Acabou que o fotógrafo se atrasou e ficamos toda a tarde (período de aula) lá.
Caio amou. Ria a cada criança que via, tentava falar, quis até sair da cadeira e ficar de pé no meio de um grupinho que me pediu pra ver a altura dele. Gosto dessa curiosidade inocente das crianças. E amei ver meu filho tão feliz. Eu quero muitas coisas pro meu Caio, sonho alto por ele e para ele. Mas uma escola que o aceitasse, o recebesse de braços abertos... que lindo seria se pudesse ser mais que um sonho...

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Intolerância, o maior entrave à acessibilidade

Caio é, aos 4 anos, um cadeirante. E eu sou tida como uma mãe com pulga no traseiro. E, confesso, essa conceituação sobre minha pessoa me incomoda. Assim sou vista, simplesmente porque vivo e levo o Caio para viver. Com cadeira de rodas, sim.
É de cadeira, e muitas vezes dependendo do transporte público, que vamos a médicos, passeios, aniversários. Meu marido é da turma Tudo é Difícil. Eu não. Sou da turma É Assim Nossa Vida! Não vejo drama, mistério ou problema em deixar meu filho viver nas condições que são as dele. E aí, pra se divertir, pra conhecer o mundo e pessoas, a cadeira é apenas um acessório...

Claro que a realidade não é tão poética e nem eu esperava que fosse. Mas podia ser mais fácil, com certeza. Com mais rampas de acesso, com calçadas regulares, com mais ônibus adaptados. Já foi pior, eu sei. Agora, na minha busca pela acessibilidade ideal tenho esbarrado no maior de todos os obstáculos: a intolerância alheia.

Nunca vi, mesmo antes de ter o Caio em minha vida, o deficiente com pena. É a condição dele, independente de qual ela é. Mas as pessoas olham com pena. E essa pena não é sinônimo de compaixão, não se enganem... Infelizmente, o deficiente físico ainda é visto como um estorvo à sociedade. E isso sim, é muito, muito triste.

Semana passada tive problemas mecânicos com meu carro e precisei levar o Caio à fono de ônibus. Passou o primeiro e deixei ir - não era adaptado a cadeirantes. Passou o segundo, idem. Mas me obriguei a entrar no terceiro, ou iríamos perder nosso horário. A cadeira do Caio é leve, estreita, não ocupa muito espaço. E ainda assim cumpri constrangidamente nosso percurso de cerca de 20 minutos. Recebemos muitos olhares de reprovação e muitos comentários ao redor, em maior ou menor tom de voz, sobre o fato de estarmos usando um ônibus "comum".

Eu, sinceramente, não sei se sinto mais tristeza ou revolta.
Não preciso escutar esse tipo de coisa, muito menos meu filho. Não merecemos olhares reprovadores por estar simplesmente fazendo aquilo que nos está destinado: viver à nosso modo. Meu filho é uma criança, é um cidadão. Mas parece que a deficiência tira dele, aos olhos da sociedade, os direitos advindos das duas primeiras condições. Não temos que justificar nossa existência!

Fiquei quieta, porque também não preciso ficar batendo boca em coletivo. Mas dói. Ainda assim, o problema maior é de quem se sente incomodado. Não vou pedir licença para incluir meu Caio em todos os espaços que ele tem direito - como criança, como ser humano, como cadeirante. E sei que ele ainda vai superar muita barreiras, vai ser muito feliz - faço questão de ensinar isto à ele. Só que é lamentável e, no mínimo, para se refletir... de tudo o que se fala sobre acessibilidade e como melhorá-la e praticá-la em larga escala, o maior de todos os obstáculos para que ela aconteça está dentro de cada um de nós: é a intolerância às diferenças.

Comunicado

Infelizmente, devido à presença constante de spam, acabei tenho que ativar a moderação de comentários por aqui.
Uma pena, porque sou extremamente favorável ao espaço aberto para as mais diferentes opiniões. Mas minha idéia é tão somente barrar os spams, ok?
Por favor, leitor/a continue deixando seu comentário, que será muito apreciado e dificilmente não será publicado.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Atualizando... ou tentando

Dia 23, data do último post, a gente foi numa festa. Caio curtiu, tava tudo ótimo.
E eu me inspirei pra fazer um post sobre inclusão, quando ela vem dos outros até nós - mas, com a falta de tempo, desinspirei...
A semana correu com festa dia sim, dia não... Rafa e Gabi, Ane, tia Flor, Lara...
No meio do caminho deu um vendaval lá em casa. Não, não era o Katrina... era minha mãe, suas crises de nervos e minha paciência com limite excedido faz séculos.
Entre mortos e feridos, parecia que todos se salvariam...
Volta e meia eu tinha uns momentos revolta com a ignorância alheia e pensava em alguns posts mistos de revolta e lições didáticas... mas, mais uma vez, fui desinspirando...
E essa semana começou punk outra vez... Caio teve uma pequena crise de glaucoma - chato, mas normal. Só que os olhos desincharam e o mal estar não passou. Foram quatro dias sem comer, quatro noites sem dormir, muito choro dele, de dor, e meu, de desespero. Levei ao pediatra (santa Jaque tava fora do Estado) que examinou ouvido, pulmões e garganta do Caio e me assegurou: "Ele não tem nada". E eu, entre um surto e um instinto divino resolvi levar ele à Porto Alegre, num hospital pediátrico especializado... Depois de um dia inteiro de exames, o diagnóstico: fezes cibalosas - para os leigos, como eu, cocô véio trancado nos intestinos. Um enema e o problema foi resolvido, Caio, o faceiro e alegre, estava de volta... E a partir de agora, na lista dos meus medos e possíveis diagnósticos para os mal estares do Caio, consta, além de hepatite, esofagite, problemas na DVP, também o famoso cocô apegado que não quer desentocar... mereço!
Que mais?
Não teremos mais fisio na clínica de sempre a partir do dia 11... fico triste em pensar em perder a Thaís, mas me deu um feeling de que é hora de mudanças... e inscrevi o Caio na ACADEF - centro de referência em reabilitação... já assegurei a vaga dele, amanhã vou lá marcar a avaliação e combinar os horários.
Anda faltando dindin, mas já tô até acostumada, não sei o que é final de ano com dinheiro no bolso mesmo... Mas em 2010 ele virá! Sigo acreditando.
E sim, ainda encontrei tempo pra levar o Scott pra casa. Mas levei a mana dele tbém e agora quem disse que eu consigo me desfazer dela??? Quem manda ser cachorreira?
Buenas, em mal traçadas linhas, é o que andou acontecendo. Tomara que eu reencontre a inspiração, que queria muito falar com vocês de dois assuntinhos aí que andam na minha cachola...
Jingle bels, o Natal tá chegando e sim, eu curto... daqui a pouco, post natalino.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Post fotográfico

Na falta de tempo e inspiração, seguem fotinhos...

Lindo e alegre, como sempre (e eu coruja, como sempre e sem cura)

Super concentrado e coordenado no computador...

Lembram do Scott? Pois é, essa semana traremos a versão 2.0 pra casa
(olhem a alegria do Yuri)

Caio, sério, segurando o novo amigo...

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Reply to all

No meio das minhas confusões do cotidiano, não agradeci devidamente a quem "mostrou a cara" no post Who's On?.
Obrigada pela visita, pelas respostas e, principalmente, pelo carinho tão generoso comigo e com meus frutos, Yuri e Caio.
Obrigada Laís, Cristina, Menina Eva, Maíra, Letícia, Babi Szucs, Andrea, Renata, Maria Helena, Eva e Tatiana, além das minhas amadas hours concours Cass e Alê!
É muito bom saber que tenho a companhia de vocês.
Eu quase não saio do RS, mas sempre que isso acontecer vou postar aqui pra ver se rola da gente se encontrar, ok?
Um beijo grande a todas.
Dinha e meninos

sábado, 14 de novembro de 2009

Tempo e tempos

Faz uma semana desde o último post.
Neste meio tempo, a catapora foi embora de vez e Caio retomou a fono e a fisio.
Minha mãe voltou de mala, cuia e caminhão pra casa dela, nos fundos da minha.
Yuri extraiu dois dentes com anestesia, fez o maior drama no destista, mas outros dois caíram espontaneamente.
Gael nasceu, lindo, sereno, sadio.
Paguei e voltei a ter telefone em casa depois de dois meses.

Enfim, o tempo não parou mesmo.
E no meio dele seguem planos, várias coisas boas quase acontecendo.
Às vezes dá um certo desânimo justo pelo status de quase.
Mas já estão acontecendo, acredito.

Vamos fechar o ano com chave de ouro.
Sei que tenho os mais importantes frutos ao meu lado, lindos, crescendo... mas depois de nova e longa temporada de cultivo, acho que chegou a hora de colher...

"Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.
Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;
Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar;
Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;
Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar;
Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora;
Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;
Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz."


Eclesiastes 3:1-8

sábado, 7 de novembro de 2009

Grupo Timbalada tem novo integrante





Caíto às voltas com a pasta d'água...
Como eu disse, para os "entendidos" em catapora, foi bem branda, tá quase tudo sequinho.
Semana que vem retomamos nossa programação normal.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A catapora

Oficialmente hoje é o quinto dia.
Tudo bem, com as graças de Deus e da vacina, tá bem fraquinho...
Ele não tem mais do que 30-40 pintas no corpo (e pra quem sabe, em se tratando de catapora, isso não é nada!).
Ainda bem que o calor senegalesco do feriadão também diminuiu.
E emplastado de pasta d'água, Caíto segue bem, alegre, tudo jóia, sem nenhum sinal de complicação.
Que os anjos sigam dizendo amém!

domingo, 1 de novembro de 2009

De molho :(

E parece que colocaram meu nome e do Caíto na boca do sapo, mesmo!
Depois de todos os perrengues do último mês, ele foi terça consultar na Jaque, sua amada pediatra e tudo certo, ele tava 200% bem. Apesar dos últimos acontecimentos, ele ganhou 600 gramas e cresceu 5 centímetros. Estava super bem disposto, Jaque disse que ele tava "apaixonante".
Sexta teve umas bolinhas, achei que era mordida de mosquito.
Ontem as "mordidas" aumentaram e hoje veio o diagnóstico: catapora!
Normalíssimo, outubro e novembro são os meses preferidos dela.
Mas bem que ela podia ter poupado meu Itinho... Como ele fez vacina, rezar para que seja branda e não decorra nenhuma complicação.

Agora 10 dias de molho, sem fono nem fisio, com coceira à vista e um calor dos infernos pra administrar...
Afffffffffffffffff!
Tudo bem que ninguém disse que seria fácil... mas também podiam facilitar um pouco pro lado da gente, vez ou outra, só pra variar.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Who's on?

Hoje, te faço um convite.
A você, que ajuda a formar as 37 visitas diárias, uma média de 259 visitas semanais que o Meus Frutos tem recebido.
Eu não sei o que vocês fizeram no verão passado, mas fico curiosa ao ver leitores de tantas partes do mapa mundi (exagerada eu?). Porque nosso alcance está indo muito além dos amigos e conhecidos.

Tenho um(a) fiel leitor(a) da cidade de La Vergne, no estado do Tennessee, por exemplo, que visita meu blog semanalmente e digita direto o endereço pra chegar aqui. Outro de Jena, na Alemanha.... que também digita o endereço direto...E um esporádico da Suécia...Váários de Portugal (lá, deve ser a linda influência do blog da minha doce e valente amiga Grilinha)...

Recentemente estiveram por aqui pessoas da Califórnia (não é aquela da propaganda da CEF, hehehehe), Texas, Washington (Barack, andas me lendo? Ou será a Mi?). Eu nem sei onde fica Weilburg, Hessen (só sei que fica na Alemanha, que o sitemeter me deu a cola), mas também estamos sendo lidos lá!

Falando nosso bom português, gostaria ao menos de saber um pouco mais dos meus fiéis leitores de Santo Antônio do Monte MG), Vitória da Conquista (tem Salvador tbém, mas lá é certo que Ivetinha me lê durante sua licença maternidade - kkkkkkkk!), Manaus... Semana passada o Paraná nos deu um super Ibope, com visitas de Apucarana, Rolandia, Maringá e CWB, of course!

Enfim... fico curiosa. Mas, acima de tudo, honrada e agradecida por tanto prestígio. Espero fazer por merecer a atenção de vocês.
Mas, vamos estreitar um pouco mais esses laços?
Deixe um comentário ou me mande um email. Ficaria muito feliz em saber um pouco mais de ti, já que de mim e dos meus frutos, vocês leem seguidamente (até mais do que eu mesma escrevo!).
Daqui reforço meu carinho, meu muito obrigada e fica minha expectativa de saber: Who's on? Quem é você?

sábado, 24 de outubro de 2009

O tempo não para

17 dias sem postar.
E fiquei completamente desatualizada de mim mesma!
Nesse período, tentei manter a fé na vida e tava rascunhando um post sobre nosso destino - com seus momentos de glória e desespero estarem escritos, límpidos e certos na trajetória de cada um. Mas aí caí num período de depressão braba - sem grana, cheia de dívidas, 10 meses desempregada, sem luz acenando no fim do túnel. Me senti a mais fracassada, infeliz e incapaz pessoa que habita esse universo. Percebi que tenho claro pra mim que o que sou hoje é alguém que se perdeu e muito de si mesma... na maioria das vezes, nem eu me reconheço.
Só que não tive muito tempo pra cultivar uma auto piedade...
Caio teve uma forte crise convulsiva, ficando 14 horas no oxigênio. Claro que eu sofri, surtei, morri de medo de tudo outra vez... O agravante dessa vez é que Caio começou a convulsionar durante a madrugada, enquanto dormíamos... E agora? Quem me diz que posso, devo dormir sem precisar ser denunciada ao Conselho Tutelar?
Bom, mas passou... por 3 dias e meio... e febre e uma nova crise de insuficiência respiratória nos levaram novamente à emergência na madrugada...
Ah, sim... e só pra ficar mais bonitinho... no meio dessa tempestade meu casamento estava tão sólido quando o Titanic... lá no fundo do oceano.
Mas Caio foi enfim diagnosticado, está em tratamento e tudo parece bem.
E depois de tanta turbulência eu decidi que chega!
Sei que sustos e medos ainda podem fazer parte do nosso cotidiano. Só que eu quero ser feliz! Apesar disso tudo. Ou com tudo junto, mas com a felicidade enfiada no meio!
Falei pra umas amigas: ou eu acredito que vai dar tudo certo, que todo mundo passa por perrengues (ok, alguns mais, outros menos) ou pego a pedrinha dos estúdios da Globo e me atiro no Ganges né?
E acho que a chave do que quero está comigo mesma... eu não sou da vertente que acredita que estamos aqui pra aprender? Então é o que quero fazer. Aprender com tudo. Sei que tem horas que vai doer, que vai ser barra... Mas eu não posso amarrar a minha felicidade, a dos meus filhos, com medo de que essas horas cheguem... É ruim, é phoda? É. Mas podia ser pior? Ah, mil vezes! Sei disso. Às vezes vejo isso, bem do nosso ladinho...
Sou muito atrelada a algumas marcas de infância... uma delas é uma música de uma estórinha infantil que eu ouvia na Coleção Disquinho (cêis lembram dela?)... "minha vida vai mudar, minha vida vai ser boa"... comecei a entoá-la seguidamente...
E não é que deu certo?
Essa semana, fez-se A luz naquele túnel que citei aí em cima. Quase um milagre acontecendo... justo quando eu decidi que podia ser feliz sem ele...
Então. Tudo tá mudando na minha vida e na dos meninos. Sei. Acredito. E agora tenho excelentes motivos para não duvidar que é pra valer!
Tomara mesmo que dê certo, porque, modestamente, a gente merece.
Mas de qualquer forma, acho que a lição está aprendida: é sempre mais generoso com a vida quando damos à ela mais o nosso sorriso e a nossa confiança, do que nossos lamentos...
Sempre gostei daquela passagem de Eclesiastes (3:1-8) que diz que há tempo para tudo na vida. Espero estar começando o tempo de colheita. Mas com a mão sempre no saco de sementes, afinal, já dizia o poeta Cazuza, o tempo não para. Ainda bem.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Ontem

Ontem foi mais um dia de saudades pra mim.
Se viva estivesse, ontem minha mãe Leslie estaria completando 76 anos.
Mas não foi possível, um câncer a levou há 18 anos. E especialmente ontem, senti muita saudade. Mas foi uma saudade daquelas boas, sabem?
Ela foi minha mãe de criação. Ou de coração, como ela preferia dizer. Me dizia que tinha gerado em seu coração o amor de mãe por mim. E assim, eu me transformei na sua filha. E ela, que nunca pôde dar à luz, se transformou na minha mãe mais amada.
Foi com apenas 5 anos que ela me levou para debaixo do seu braço. Quando eu tinha apenas 19 anos, ela se foi...
Mas foi tudo tão intenso, tão verdadeiro.
Com ela, aprendi os valores mais importantes dessa vida.
Honestidade. Responsabilidade. Solidariedade. Dedicação. Verdade, acima de tudo!
Foi ela que me ensinou que eu sou muito mais do que minha aparência.
Que me mostrou que a maior riqueza de uma pessoa não cabe em balanços ou saldos bancários.
Me ensinou que tudo na vida é transitório. Menos nossa essência.
Ela era uma pessoa tão diferente, tão cheia de excentricidades, de opiniões fortes. E acho que fui uma das raras pessoas que teve acesso ao imenso coração, tão puro, tão generoso, tão cheio de coisas boas e doces para deixar.
Sempre digo, é ela o espelho da mãe que eu desejo ser para os meus filhos.
Todas as eventuais qualidades que eu possa ter, vieram dos ensinamentos dessa mulher.
E principalmente, nunca, nunquinha ao longo dos meus 37 anos, me senti tão verdadeiramente amada e protegida, como no colo da minha mãe Leslie.
A mãe que me gerou no coração.
Muita saudade. Ainda bem que o maior é ainda maior. Sempre.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A onda da China e as células-tronco

Vou começar me defendendo, porque entendo que minha posição pode gerar muitas controvérsias.

Sou uma grande entusiasta das pesquisas com células-tronco. Vejo nelas uma imensa esperança para milhares de doentes até então incuráveis. Torço profundamente para que o tempo comprove seus inquestionáveis benefícios. Exultante, sei que aqui em Porto Alegre, ao lado da minha cidade, está se formando o primeiro Hospital do Cérebro do país, onde estudos com células-tronco no tratamento da epilepsia estão a todo vapor. Que grande avanço, que benção maravilhosa!

Mas é com receio e até uma certa tristeza que vejo uma avalanche de viagens à China, em busca do tratamento com células-tronco, pipocando por aí. Primeiro na internet. Depois, em jornais locais. Aqui mesmo, entre conhecidos, sei de dois casos de pessoas determinadas a levarem seus filhos ao país asiático, ansiando a cura total.

Acho que o caso da menina Clara, uma linda pernambucaninha de 2 anos, foi o estopim nacional.

Desejo muito que Clara e sua família alcancem o êxito que desejam. De coração. Porque o êxito deles também pode ser uma chance pro meu Caio. E duvido muito que exista um pai ou uma mãe que não sonhe, diariamente, com a cura total e milagrosa para as deficiências do seu filho com paralisia cerebral. Temos bicho carpinteiro, estamos sempre querendo saber as novas técnicas, as terapias mais avançadas, as novidades da neurociência.

Eu não sou diferente. Vejo meu Caio andando, falando. Sonho muito alto. Vejo ele de toga, se formando! Tento ser pé no chão mas, na grande maioria das vezes, meu coração não permite. Então também deposito esperanças gigantes nas possibilidades abertas pelas células-tronco.

Mas se alguém me desse hoje o dinheiro necessário para levar o Caio à China, eu não o levaria.

As experiências com células-tronco são somente isso: experiências. Nada concreto, nada a longo prazo ainda, para que tenhamos a segurança necessária para entregar nossos filhos a elas. Especialistas são cautelosos. Melhoras existem. Acontecem. Mas, em algumas experiências com não-humanos, por exemplo, há relatos de um grande declínio após o período de melhora. Então, é preciso que as experiências com humanos se deem a longo prazo, a fim de verificar todos os seus efeitos - bons ou maus. E ainda não tivemos tempo para isso! Uma outra leva de cientistas defende de que, assim como as células-tronco podem se transformar em qualquer tecido, elas podem também gerar tumores, alguns deles inclusive malignos...

Eu não arriscaria os ganhos que vejo meu Caio tendo nas terapias convencionais. Sim, admito. Na maioria das vezes, essas melhorias são muito mais lentas do que eu desejo, sonho pra ele. Mas, considerando seu quadro neurológico, cada pequena melhora tem um valor incalculável.

Vejo as melhoras da Clarinha e entendo o justificado entusiasmo de seus pais.
Mas ela tem apenas 2 anos. Ainda tem uma longa estrada pela frente. As melhoras que ela apresenta podem ser, sim, resultado do amadurecimento cerebral, da fisioterapia, do tampão do olho... e não necessariamente das células-tronco.

Depois, muito se fala da falta de ética médica na China. Juro que não quero passar por invejosa ou ressentida. Mas eu, que luto para que o erro médico que causou a paralisia do Caio seja indenizado, não aceitaria fazer um tratamento pra ele sem ter ciência da origem exata dessas células. Eu só levaria o Caio à China se o caso dele fosse aboslutamente irremediável, com grande sofrimento e nenhuma expectativa de melhora. Só por desespero mesmo. Mas não é o que acontece.

Entendam que não estou criticando quem foi à China. Mas acho que é preciso cautela. É preciso pesquisar muito, ouvir muitas opiniões, pesar bem os possíveis fatores envolvidos... Sei bem o quanto nossa ansiedade para ver bem aqueles que tanto amamos pode ser tornar perigosa. Então a palavra é somente essa: cautela. Mais prudência e se atirar menos na onda da moda.

Recentemente crianças começaram a ser convocadas para participar de testes pro tratamento da epilepsia com células-tronco em Porto Alegre. Titubiei. Mas não inscrevi o Caio. Posso estar sendo covarde, mas hoje eu não troco o certo pelo duvidoso. Ainda. Espero que Deus, o tempo, a evolução científica, me provem o contrário daqui uns anos. Ainda assim, tem futuro pra gente. E enquanto ele não chega, eu fico aqui, assistindo e torcendo pra que eu esteja errada e dê tudo muito certo pra quem consegue ir pra China. E pra que um dia, a gente não precise ir tão longe em busca de melhoras significativas...
;)

Quatro anos de terapia três vezes por semana... Muito esforço por parte do Caíto... Mas ele tá indo. E a nossa esperança ali, do ladinho, sempre....



segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Bodas de Linho

Sim, eu casei achando que seria pra sempre.
Mas ao longo desses 13 anos não foram poucas as vezes em que achei que já tinha ficado casada tempo demais.
Hoje completamos nossas Bodas de Linho.
E vou ser sincera... não existe mais paixão.
Mas existe uma vontade mútua de prosseguir. A certeza de que ainda temos muito a construir juntos.
Gosto dessa transparência.
De um querer bem sem maiores inseguranças ou ímpetos.
De poder assumir que ainda nos queremos "apesar de" e não por conta de alguma convenção social.
Sabemos dos defeitos e limitações um do outro.
E se, ainda assim, comemoramos esses 13 e pensamos em mais 13... o nome disso deve ser amor.


quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Esperança no amor de amanhã

Eu sempre falo da minha insegurança se o Caio será aceito na sociedade. Comento do amor que acho que não vem de onde parece que ele deveria vir mais naturalmente. Mas Deus sempre me mostra que não é bem assim...

Rafaella é nossa priminha amada. Filha da minha prima-irmã. Ela ama muito os primos. Adora o Yuri, vive correndo atrás dele, dizendo que o ama e pedindo beijos. E também ama muito o Caio. Ama com uma espontaneidade e força que só mesmo seu puro coraçãozinho de 3 anos é capaz. Sempre dirige a ele um carinho, um beijinho, um gesto carregado de ternura.

Ontem, saímos em família.
Rafa foi ao lado do Caio no carro, sempre alisando ele. O fez dormir. E adormeceu o acarinhando... Depois, Caio estava muito choroso. E ela me pediu pra eu colocá-lo na cama pra ela cuidar dele. Fui lá espiar e lá estava ela cantando, alisando, amando!

Meu coração se derreteu ao ver os dois. Porque a Rafa exerce um amor ainda maior do que nós, os adultos que amam o Caio. Um amor sem pré-conceito. Ela o ama porque o acha lindo. Porque é seu primo. Ela o ama simplesmente, independente de qualquer deficiência que ela ainda nem sabe existir. O que ela sabe é que o Caio é assim. E assim ela o aceita e me enche de esperança de que a geração de amanhã saberá receber o Caio de braços abertos, com carinho e sem maiores exigências, com verdade.

Exatamente como a doce Rafinha.



terça-feira, 22 de setembro de 2009

Houve uma vez um verão...

Paixão antiga sempre mexe com a gente
é tão difícil esquecer
Basta um encontro por acaso e pronto
começa tudo outra vez
E vendo você o coração parece que vai saltar
Pelo meu corpo, saudade em todo lugar
E eu sem disfarçar te como com meu olhar
Foi bom demais, não tinha que acabar
Meu bem, quando eu te vi,
tudo voltou e eu compreendi
Que te amo, quero, adoro sempre mais
Deixa o coração te seduzir, não dá mais pra disfarçar
Deixa o sentimento decidir, já é hora de voltar !!!

(Paixão Antiga - Marcos Valle / Paulo Sergio Valle)

Tá. Não é tudo isso. Mas uma tremidinha no joelho, sempre dá...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Um amanhã que não virá

Oi mano.
Espero que estejas bem, apesar da minha saudade que, tenho medo, possa estar te atordoando.
Acho tão difícil falar em luto com as pessoas, porque apesar de todas as minhas crenças, dói muito ver que a vida está passando e que eu não te tenho aqui do meu lado.
Esses tempos eu tava pensando quão egoísta eu sou, porque andei lembrando muito de ti em tempos difíceis que tenho vivido aqui... eu e o sobrinho que não chegastes a conhecer. Do quanto me sinto só e até mesmo incompreendida "pelo mundo". Porque tenho certeza de sempre poder contar com teu abraço tão reconfortador...
Daí que semana passada nossa família aumentou... uma prima muito querida teve uma linda filhinha. E a irmã dela me fala que nunca tinha imaginado que era tão bom ser tia...
Ser tia... Aí está mais uma coisa que descobri que não vou viver, que não vou saber o que é.
Tua partida tão precoce me levou parte de uma alegria que é impossível existir sem a tua presença física, mas, descobri, levou também experiências que jamais acontecerão.
Penso no Caio, no tio maravilhoso que serias pra ele, como foste, em tão pouco tempo de convívio, para o Yuri...
Lembro que me entristeço por tudo aquilo que foi tirado de mim e do Caio, de situações que jamais poderemos viver... ainda que ele venha a ter uma reabilitação fantástica no futuro... são momentos e experiências que não poderão ser devolvidos. Mas temos o futuro. Temos meus sonhos e nossa luta para, ao menos, tentar...
De ti, vejo que não tenho mais um amanhã. Dói saber que certas emoções não poderão ser compartilhadas. Temos apenas o passado. Aquilo que vivemos tão intensamente e de forma tão pura. Um amor que nasceu com a gente e fica pra sempre.
E isso me resta como único, mas contraditóriamente imenso, alento...
Meu amor por ti é pra sempre.
Mais forte do que a própria vida.
Intenso como se hoje não fizesse 8 anos de tua ausência...
Porque eu sei, como poucas pessoas podem saber, que daqui de dentro do meu coração tu nunca sairás.
Saudades. Amor. Sempre.
Tua gorda.

sábado, 5 de setembro de 2009

Divagações de um coração desassossegado

Eu tinha escrito uns outros posts, sobre boas novas do Caio e outras amenidades.
Mas hoje não poderei publicá-los.

Meu coração está outra vez em desassossego.

Caio teve uma nova convulsão hoje pela manhã, logo após acordar.
Os mais práticos dirão que não há nenhuma novidade nisso, que é inerente a seu quadro neurológico.
Mas, como sempre digo, pro meu coração de mãe, nunca é simples.

Fomos de ambulância até o HPS de Canoas.
Ele foi bem atendido, tudo certo. Recebemos alta na metade da tarde.
Em princípio parece que a causa foram os vômitos dos últimos dias, que não deixaram ele absorver corretamente os anticonvulsivantes.

Mas devo dizer que a experiência com as convulsões, embora tenham se tornado frequentes no último ano, não faz de mim uma mãe mais tranquila.
Antes, pelo contrário, acho que me sinto mais fraca, mais medrosa... e com uma certa revolta também.

Chorei muito ao me ver mais uma vez numa sala de espera de uma emergência.
Choro de medo de que possa surgir alguma complicação e eu venha a perder o meu filho tão amado.
Choro de tristeza por ter que assistir, impotente, os sofrimentos e as lutas, que nestes momentos, são só dele.
Choro de incompreensão, temporariamente abandonada por minha fé, e me pergunto repetidamente: por quê conosco?

E me cobro, me envergonho de me sentir assim.
De não ter, nessas horas, a força que eu tanto quero ter, que tanto acredito ter, proporcional ao amor gigante pelo meu Caio.

Gostaria que nossa rotina não fosse essa.
Alguma outra mãe pensaria diferente?
E ao mesmo tempo, me pergunto se eu teria crescido tanto se não tivesse a rica e abençoada experiência de ser a mãe desse guerreiro...

Lá no fundo, ainda tenho certeza de que fomos escolhidos, de que nos escolhemos e de que está tudo sendo conforme o combinado com Ele.

Mas hoje, neste instante, estou cansada de tudo isso.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Só dá ele!

Sábado agora, dia 29, Yuri participou da Copa Canoas de Judô, um evento que reuniu mais de 460 judocas de todo o Estado.
E lá foi ele para o pódio outra vez!
Levou a medalha de prata!

Três campeonatos, três medalhas!

Lembram as duas primeiras? Aqui e aqui!
É definitivamente o meu garoto de ouro!


E acho que pode ter um futuro campeão olímpico se desenhando aí...



Ele fica ainda mais lindo no pódio...

Maior pinta de atleta olímpico, né não?

Com a Sansei Ane

E o meu sorriso... será que estou orgulhosa?

P.S. Ele não tá com a cara muito boa nas primeiras fotos porque machucou feio o cotovelo, sendo, inclusive, atendido pela equipe médica do local. Mas já está tudo ok com ele!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Elasticidade do coração

Filho é mesmo uma coisa incrível.
A gente sabe que ama loucamente.

Mas mesmo quando parece amar até não caber mais no coração, a gente descobre que o amor, assim como os pequenos, não para de crescer...

Ser mãe é ter o coração elástico!


segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Se eu tivesse Um milhão de Reais

Já que qualquer um anda ganhando um milhão de reais por aí, não custa sonhar né?

Eu ia comprar a minha casa... poderia ser aqui, por exemplo, ou essa aí de baixo...




ia ir à SP em torno do dia 17/09;

estaria em BH do dia 13 de novembro em diante...

passaria, no mínimo, mais uma semana no Rio.

Ia ser a feliz proprietária de um desses...


Ia ajudar a AACD e ter um canil cheio de bichinhos não mais abandonados.


Mas como eu não sou dissimulada, nem maluquete, nem mau caráter, nem sou "dada" a fingir ser quem não sou, acho que minhas chances diminuem consideravelmente...

Deixa eu voltar lá pros meus frees que eu ganho mais.

Se eu tivesse (um pouco de) dinheiro (sobrando)...

... eu ia comprar:

- batom do Boticário Celebrare Collection


- 3a e 4a temporadas de Sobrenatural

- uma TV nova com DVD pros meninos

- um relógio bem bonitão

- uma colcha do Grêmio pro Yuri


- um óculos escuro estiloso
É, a minha felicidade compra baratinho.
Eu é que ando meio falida mesmo...

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

É. A vida pode ser boa...

Vamos lá.

Mais uma tentativa de tirar o pó daqui...
Caio teve duas crises de glaucoma em 10 dias, o que acaba com nossa rotina e sossego. É um saco essa doença! Ele tem muita dor, vomita por enxaqueca, emagrece, não dorme... E nosso exame oftalmológico foi adiado novamente! Agora é pro dia 01/09. E tomara que seja mesmo e dê alguma luz ao tratamento dele.

Morro de pena dessas crises especialmente porque Caio se mostra cada dia um menino mais alegre e esperto. Mas essas crises o derrubam :(

As notícias boas é que consegui fazer andar algumas pendengas semana passada. Uma delas é que descobri que o Caio tem direito sim a um benefício do INSS, chamado de BPC - Benefício de Prestação Continuada. É no valor de um salário mínimo e precisa ser renovado ou reavaliado a cada 2 anos. A perícia do Caio já foi até marcada, será dia 20/10.

Estou perdendo alguns medos e estou acertando as coisas para, ano que vem, colocar o Caio na escola do Yuri, no maternal.

Em tempos de gripe A, graças a Deus estamos todos bem no quesito imunidade aqui em casa. Yuri já voltou às aulas e ao judô. Está cada dia mais meu parceiro (como se isso fosse possível) e deu uma super melhorada na escola. Suas primeiras notas de provas e trabalhos desse trimestre estão entre 9 e 10! Ele cresce, seu corpo está se modificando e cada dia mais vejo que me aproximo de ter um pré-adolescente em casa (inclusive com seus momentos de rebeldia).
Nada de emprego ainda.

E eu tentando manter a serenidade. E a fé.
Aqui em casa, algumas mudanças.

Minha mãe vai se mudar. Acho que será salutar pra nossa relação.

Tem muita coisa pra acontecer, mas não se desenrolam efetivamente.
Eu preciso mesmo de um canto mais espaçoso e só meu...

E assim, a gente vai levando.
Quando olho pras minhas carinhas, eu consigo ver que apesar de tudo, sim.
A vida pode ser (e é) boa.

domingo, 16 de agosto de 2009

Meu tempo

Não sou amiga do tempo.
Na maioria das vezes, acho ele longo demais, moroso demais...
E para aquelas ocasiões ou circunstâncias em que ele poderia ser meu aliado... cadê ele? Ah, já passou!
Minha ansiedade congênita me faz ser impiedosa com ele. O problema é que, desse modo, acabo sendo carrasca para meus próprios sentimentos.

Sim, eu estou em crise de idade.
Começo a perceber que estou envelhecendo.
E que muitos sonhos, ideais ou meros objetos de desejo, de consumo já não cabem no tempo que ainda me resta.
A questão nem são os cabelos brancos que surgem, a pele que deixa de ter viço... o que pesa é que ainda tem muita coisa que eu queria realizar. Para sorrir mais, para ser mais feliz. Para ver mais sorrisos daqueles que amo.

Me pergunto se eu tivesse que partir agora, já teria aprendido alguma lição verdadeiramente importante? Espero que sim, quero acreditar nisso.

37 anos me fazem ter urgência para algumas coisas.
Mas a principal delas é a vontade de renascer.
De deixar muitos pesos para trás. Pesos do corpo, pesos da alma.
De trilhar o que ainda tenho pela frente com menos autocrítica, com mais amor próprio, com mais leveza. Com menos correntes do passado, com mais olhares para o presente.

"Eu quero mudar e não consigo" nunca fez tanto sentido para mim.
Mas como quero muito, eu insisto comigo mesma.
Esse post está meio sem sentido.
Mas eu sei exatamente o que quero com ele.
Dar o primeiro passo.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Sobre quem eu era (Para Cass)

Quem me acompanha sabe que não estou vivendo uma fase das melhores.
Ok, já tiveram piores. E sei que vamos superar mais essa.
Esse ano senti uma saudade "mais forte" do meu irmão em nosso aniversário... estava triste mesmo, por mais carinho que recebesse.
Então foi com muita alegria e surpresa que vi essa linda homenagem que recebi da minha querida Cassandra, a Cass, minha sócia da Cass & Dinha Produções...
Gostaria que tu tivesses idéia do que tuas palavras me causaram. Do quentinho que veio pro meu coração.
Nesse momento foi muito especial saber que já fui assim como me descrevesses, ao menos aos olhos generosos dos amigos. Que já fui rodeada deles, que já fui alegria pura, inteligência... que já fui uma pessoa mais leve de espírito...
Organizada? Bem humorada?
Gostaria de ser assim, mas acho que me perdi em algum ponto da estrada.
O meu consolo é que um dia eu já fui assim.
Ou que me mantenho assim em doces e generosas lembranças de pessoas queridas como tu.
Obrigada.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Eles...

... a inspiração de todos os meus dias!

sábado, 1 de agosto de 2009

Sem inspiração

Recebi alguns recadinhos e emails perguntando do meu sumiço.
Tá tudo bem, nada demais mesmo.
Os meninos estão bem, cheios de saúde e é isso que importa.
De resto...
Quase 8 meses sem emprego...
Sem grana.
"Mercado retraído".
Com compromissos e preocupações.
Inferno astral extendido.
Um pouco de baixo astral e período de baixa auto estima.
Sem inspiração.
Sem posts.
Mas a gente volta, não se preocupem.
Obrigada pelo carinho.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O Rio "de Julho"

"O Rio de Janeiro
continua lindo
O Rio de Janeiro
continua sendo
o Rio de Janeiro,
Fevereiro e Março..."

Eu sempre vi o Rio de Janeiro pela TV e o achava lindo (e nem poderia ser diferente). Mas agora que o conheci, pude entender perfeitamente porque o chamam Cidade Maravilhosa. Nada mais justo.

E mais maravilhosa essa cidade fica na companhias de pessoas adoráveis e especiais, como minhas amadas Dani, Alê, Dê e Angel. E se junta mais gente, de outros lugares (Tati, Marcinha e Dê SP)... aí não tem jeito! Vira festa!

Foi meu presente de aniversário antecipado.
Dias felizes, numa cidade literalmente maravilhosa, ao lado das melhores amigas que se pode desejar.

Alguns raros ainda não entendem a relação que tenho com minhas "amigas da internet".
As amizades iniciaram na internet. Mas vão muito além dela.
Brasil afora e coração adentro!

Cristo, Pão de Açúcar, Jardim Botânico, Museu Nacional, Copacabana, Lagoa... e muita risada, muitos momentos pra guardar pra sempre...

E vocês imaginem eu e Yuri, que saímos de 7 graus em Porto Alegre, curtindo uma praia num sábado de julho?! É ou não é a própria maravilha???

Esses passeios, a exemplo de SP, são um presente pra mim e pro Yuri.
Que venham muitos outros!
Obrigada, anfitriãs cariocas!
(Nem bem saímos e já queremos Bis!).






















Abençoados por Ele







Cidade Maravilhooooosa!
Descendo o Corcovado



Amigas preciosas (e lindas!)


Jardim Botânico: lindo!
Nossa amizade perpetuada em nossos filhos: não tem preço!




Copacabana em sábado de julho... tem coisa melhor?

Yuri, João e Caio, amizade sacramentada





Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista

Lagoa Rodrigo de Freitas



O Maracanã não podia faltar, pro meu gremista fanático...

Alessandra, minha queridíssima e linda anfitriã!