sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Sombra & Água Fresca

Este blog está curtindo merecidas férias a partir de hoje.
Retomaremos nossa programação normal a partir de 07/01/2008.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Feliz Natal!!!

Natal e Ano Novo são épocas em que nos lembramos mais de palavras como fé, solidariedade, esperança, amor, Deus.
Que estas palavras - e principalmente estes sentimentos - possam ser vividos intensa e verdadeiramente em todos os dias de 2008.
Um grande beijo a todos os leitores do Meus Frutos!



terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Decoração privilegiada

Essa é pra quem elogiou a foto do Yuri bebê junto ao post sobre minha árvore de Natal.
Tenho na minha sala uma decoração maravilhosa e exclusiva.
O quadro-presença de cada um de meus meninos, por ocasião de seus aniversários de 1 ano.
São fotos lindas rodeadas de dedicatórias idem de nossos amigos queridos, marcando para sempre estes momentos que nos foram tão especiais.
Cá entre nós, nem Marcelo Rosenbaum faria decoração mais bonita, né?

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Retrospectiva 2007

Já escrevi sobre isto: às vezes é preciso olhar para trás para dar ao futuro o olhar esperançoso e feliz que ele merece.
Em dezembro do ano passado fiz uma retrospectiva de 2006 e o saldo era positivo. E ao pensar em fazer a versão 2007 percebo as coisas ainda melhores:

- O Caio atingiu uma estabilidade imunológica bem interessante e as visitas ao PA (Pronto Atendimento) praticamente inexistiram. As especialidades médicas e suas freqüências também já não são mais tão necessárias. Vários exames apontam um organismo cada vez mais sadio e normal. É um menino doce e muito alegre.
- O Yuri passou lindamente pela primeira série, sendo aprovado com excelentes notas. Mostrou à equipe da escola que o acompanha há quase 4 anos, um grande amadurecimento emocional, despontando características como generosidade, afetividade e solidariedade. E ainda apresenta-se como um bom esportista, destacando-se no judô e futebol.
- Encontramos um melhor equilíbrio financeiro em relação aos últimos 2 anos (ok, nada de grandes saldos bancários, mas as dívidas diminuíram consideravelmente e pudemos fazer algumas pequenas aquisições).
- Posso dizer que desde que me tornei mãe, pela primeira vez vivencio maternidade e profissão de um modo equilibrado.
- Estou investindo seriamente na minha carreira, percebendo que o reconhecimento que tanto almejo agora é meu colega de sala.
- Fiz novas amizades muito gratificantes, através deste blog e fora dele.
- Fortaleci outras amizades que já se tornaram essenciais à minha vida.
- Cada vez mais vejo através deste espaço a possibilidade concreta de realizar um grande sonho pessoal. Entre minhas promessas para 2008 está correr atrás dele para que se concretize verdadeiramente.
- Muitas neuras e medos permanecem, mas estou aceitando eles como parte da pessoa interessante e bacana que posso ser.

Em suma é isto. Ainda tenho – graças a Deus – muitos objetivos pelos quais lutar e sonhos que quero tornar reais. Mas no geral, a vida tem sido boa. Olhando pra trás, 2007 foi 10! Em 2004, muita insegurança. Em 2005, muita dor e luta. Em 2006, alguma confiança ainda que receosa. Em 2007, as coisas assumem devagar os seus devidos lugares. Devagar? Isto é muito relativo, costuma me dizer um sábio amigo. Deus trabalha a Seu tempo e à Ele vale o meu merecimento e não a minha imperfeita ansiedade. Tô tentando aprender.
E se acredito que ainda tenho, com *meus frutos, muito a plantar e muito mais ainda a colher, o tempo pode estar apenas começando. Tempo de ser plenamente feliz. Que venha 2008!

*Meus frutos são meus filhos, minhas idéias, meus textos, as abobrinhas que compartilho, as grandes amizades que conquistei, as minhas lutas. Se estás aqui, lendo até o final, bem-vindo à esta colheita! Fazes parte - e obrigada por isso - dos frutos que colho ao longo da vida.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

O tamanho da minha árvore

Há um ano, quando me mudei para minha atual casa, deixei inúmeros móveis e pertences num cômodo vazio na casa da minha sogra. Entre eles, minha árvore de Natal, com mais de 2 metros e 10 de altura. Ano passado pedi emprestado um pinheiro que minha cunhada tinha sobrando, bem pequeno, e o acomodei em cima da nossa cristaleira. Afinal, eu pensava, é provisório, ano que vem estaremos em nossa nova casa, com espaço de sobra para minha árvore legítima.

O ano chega ao fim e as coisas que eu esperava ainda não se resolveram. Mas este ano, bati o pé. Quero minha árvore de volta! Mas não temos espaço! Ela é muito grande, vai ocupar toda a sala! Como resolver? Reordenamos os móveis, troquei o sofá de quatro lugares pelo de dois, com duas poltronas avulsas e voalá! Eis minha árvore de Natal que tanto quis enfeitar para meus meninos. Gosto dela. Tem bolas antigas que minha avó me deu. Tem bolas um pouco mais modernas, que eu e o Sandro compramos logo que casamos. Tem enfeites de madeira que pusemos quando engravidei do Yuri. Tem bonecos de pelúcia que acrescentamos após o nascimento do nosso primeiro filho. Anjos comprados no primeiro Natal do Caio conosco. Todo ano, encontramos um tipo de enfeite novo para colocar, fazendo referência à nossa própria história como família.

Ao vê-la montada, por essas coisas que não se explicam, a primeira coisa que veio à minha cabeça foi: minha árvore é do tamanho dos meus sonhos.

Sim, era isto que eu queria provar pra minha família e pra mim mesma! Não era simplesmente a árvore de Natal. Eram meus sonhos de resolver a questão eterna da minha herança e comprar de uma vez minha casa própria. Era minha fé de que, como costumo dizer, quanto mais o tempo passa é menos tempo que falta pro Caio ficar cada vez melhor, mais autônomo. Era o meu amor. Pelos meus filhos, pela vida, por Deus, pelos meus amigos.

Porque é exatamente assim que eles são. Nossos sonhos podem não caber em nossa realidade. Mas se priorizarmos o que realmente queremos eles podem se manter erguidos ao nosso lado. Nossa fé nunca precisa ser do tamanho de nossos medos ou frustrações. Ao contrário, ela precisa estar ali o tempo todo, imponente e majestosa! E se vamos falar em amor... Ele nunca será exageradamente grande. Amor não tem tamanho! E existe pra enfeitar nossas vidas.

Minha árvore de Natal. Que ofereço a meus filhos, meu marido, minha mãe e minhas melhores amigas. Ela é do tamanho dos meus sonhos. De ver realizado em 2008 os desejos mais profundos de cada um. No tamanho do seu merecimento e do afeto que lhes tenho!



BOAS FESTAS!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Presentes para a alma

Pelo segundo ano participei do amigo secreto do LV.
E independente do fato que ano passado fiquei sem presente, a edição deste ano está bem mais legal. As meninas estão mais entrosadas e se percebe uma preocupação em presentear com algo realmente personalizado.
Eu dei uma sorte imensa com minhas amigas secretas. Tirei a doce Jana, de SC, a quem fiquei devendo uma visita neste verão. E fui tirada pela , de SP, uma amiga que por seu carinho e atenção já soube se tornar especialíssima pra mim (além de suas inúmeras e naturais qualidades pessoais: super participativa e centrada mãe, maravilhosa profissional, mulher linda e culta e amiga pra todos os momentos).

Eu fui presenteada duplamente, segundo a Dê pra "corrigir a injustiça" do ano passado. Ganhei o DVD Irmão Urso, que sou louca por este desenho. É pra curtir com toda a família (desde que o presente chegou, há 15 dias, já assistimos quatro vezes!).

E ganhei o livro O Amor me trouxe de volta, sobre reencarnação, que eu andava louca pra ler mas nunca comprava. Estou amando a leitura.

O Caio foi presenteado com um boneco Astolfo do Cocoricó que é o novo irmão dele - ele não desgruda mais do porquinho querido!

E o Yuri ganhou um super jogo, com 6 times completos de futebol de botão (verdadeira paixão deste brasileirinho fanático por futebol). Como ele pediu uma mesa de futebol de botão para o Papai Noel, ele já está planejando altos campeonatos por aí...

Além da generosidade da Dê em presentear toda a família, o que mais me chamou a atenção e me emocionou profundamente foi o trabalho de "pesquisa" para dar presentes que fossem realmente apreciados - e como estão sendo! Ah... e a cartinha que ela me mandou, veio recheada de muito carinho... Amei os presentes, mas o afeto impresso em cada detalhe foram um imenso e valiosíssimo presente para a minha alma. Senti que eu e meus filhos somos muito queridos por pessoas muito especiais. Que pensam em nós e que dedicam parte de seu tempo para deixar isto bem claro.

Além da Dê, recebemos mimos e um cartão de Natal muito querido de outra amiga idem, a Greice. Ela me deu um livro, que inspirou este post. Se chama "Um presente para a alma". E é assim que me sinto: com a alma enlevada, cercada de tanto carinho, de tanta generosidade. Em cada vez que o carteiro bateu em meu portão (os presentes chegaram em lotes diferentes... hehehe), eu estava recebendo amor em pacotes. Tive a oportunidade de agradecer a elas, mas acho que tudo o que eu falar ou escrever ainda será pouco. Mas quero reiterar que elas puderam milagrosamente apagar algumas cicatrizes imensas que trago de um período muito dolorido que vivi. E isto certamente foi um presente ainda maior, que elas me deram pra vida toda. Amo vocês, meninas!

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Louca? É a mãe!

Então o menino Caio, aos 2 anos e 5 meses ainda tira sonecas, às vezes beeeem longas, durante o dia. E se essas sonecas ocorrem após as 16s, preparem-se: é festa certo no apê madrugada a dentro, com a cria cheia de energia pra brincar às 2, 3 e até 4 da manhã.

A mãe, muito neurótica, com mania de procurar cabelo em casca de ovo, implora pra neurologista: Não me esconda nada. Ele tem algum problema neurológico a mais? Ele tem alguma outra doença que o impede de dormir direito? Às risadas, a neurologista explica que qualquer criança "normal" pode levar 3 anos ou mais para regular o sono e que, neste quesito, o Caio é igual a pelo menos 80% das crianças, não ela não está me escondendo nada, está tudo nos conformes. Ainda lembra a mãe que neste quesito ela é inexperiente, uma vez que o Yuri sim, que aos 2 meses de vida dormia 9 horas initerruptas à noite, era anormal.

Um belo dia, a cerca de uma semana atrás, próximo de completar 2 anos e 7 meses, Caíto deixa de dormir durante o dia. Mas começa a dormir bem mais cedo que o habitual, dormindo profundamente por até 12 hs. A mãe, ultra neurótica, pensa rapidamente se deve ligar para a neurologista, afinal ele está tão dorminhoco...

A pergunta que não quer calar: tem cura pras neuras dessa mãe?

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

E assim foi o fim de semana...

O finde foi marcado pelo churras de confraternização da agência. E foi bem legal, num sítio bem agradável. O Fifo curtiu horrores a piscina, o campo de futebol e vários amiguinhos pra jogar playstation. Caio foi mimado por vários colos diferentes. Eu matei a saudade da Val, a quem só tenho encontrado virtualmente. Teve amigo secreto e tudo! Uma boa forma de dar uma pausa na correria do dia a dia.

Val, Caíto e eu

"Lady" Daiane, e sua filha Maluzinha, minha amiga secreta que me presenteou com uma linda agenda 2008 com o tema Anjos. Amei!

Gus, o marídeo da Val, meu amigo secreto, a quem presentei (atendendo a pedidos) com um vale-fraldas! Hehehe...

Fifo pegando um bronze à beira da piscina.

Uma galera que eu curto: Silvio, Jean e a esposa Carine.

Não tem pra Rogério Ceni... Dá-lhe Yuri, meu goleiro favorito e mais lindo!

Uma panorâmica da galera...


sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Sabedoria Cocoricó

"Quem tem amigos, nunca está sozinho..."


quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

A inclusão dentro de cada um

Ter um filho deficiente é, como escreveu o Mainardi, fazer parte de uma minoria. E enquanto minoria, os nossos sonhos passam pela inclusão, pelo não preconceito, pela aceitação de nossos filhos na condição em que eles são. Já li artigos em que se fala na luta pela inclusão. Li outro, muito coerente, que ainda pretendo reproduzir aqui, que afirma veementemente: a inclusão é uma mentira. Concordo e discordo.

No último sábado estivemos eu, o Sandro e os meninos num aniversário infantil. Era ao ar livre e resolvi deixar o Caio sentado no jardim, em seu bebê conforto, próximo à cama elástica, onde as demais crianças pulavam e faziam folia. O Caíto gritava, balançava as pernas, curtia ao seu modo, junto com os demais. Numa dessas, a recreacionista se vira pra mim e pergunta: “Não quer pôr ele aqui?” Vacilei por uns segundos, espantada com a pergunta inesperada. E concordei, quase eufórica. Numa cama elástica ele não consegue se equilibrar, lógico. Mas o maravilhoso mano Yuri mais Milena, a recreacionista, o seguraram pelas mãos. Depois, sentado no colo do irmão. E assim eles pularam e se divertiram.

Óóóbvio que olhares estupefatos me viram colocá-lo no brinquedo. Ca-la-ro que teve alguém que comentou: “mas ele nem consegue...” sem sequer completar a frase. Não me importo. Meu Caio estava ali, brincando, feliz da vida, completamente inserido na festa infantil.

E aí pensei cá com meus botões: isto é inclusão de verdade. Eu incluo meu filho em todos os espaços possíveis, imagináveis ou não. Vai no escorregador, no balanço, na piscina de bolinhas e na cama elástica! Com ajuda, mas vai. Os olhares reprovadores ou curiosos sempre vão existir. O importante é o olhar que eu proporciono a ele com minha luta e meu amor. Se os outros acham que ele é diferente, a mim pouco importa. O Yuri também é diferente, por sua inteligência e doçura. Eu sou diferente, com minha teimosia em analisar tudo o que vivo, vejo, escuto. Somos todos diferentes, uns dos outros.

Dia desses, numa gostosa tarde que passei com minha amiga Teresinha, ela me conta que o marido, também deficiente visual, foi buscar a filha deles na escola (ela é colega de escola do Yuri). E a menina, toda alegre, apresenta pros coleguinhas: “Olha, esse é meu pai. Ele é cego”. E a Teka me conta que eles se emocionaram com a naturalidade que ela falou, como se dissesse: “Ele é loiro”.

É esta naturalidade que tento levar/empregar no nosso dia a dia. A inclusão existe? Um dia vai funcionar na prática e em sua totalidade, nas escolas e em todos os espaços de convívio social? Não sei, torço profunda e sinceramente para que sim. Mas na minha casa e nos espaços onde ando junto com meu Caio, ela existe. A inclusão mora dentro de mim e da minha persistência para que o mundo receba meu filho, no mínimo, com respeito. Sei que não é nem nunca será fácil. Mas ao contrário da cama elástica, eu não cedo. Não abro mão do direito que ele tem à vida. E isso significa o acesso à saúde, à educação e ao lazer. Nas mesmas proporções que toda e qualquer criança. Eu não peço para que ele seja incluído, eu o incluo. Porque sim, a inclusão mora em mim, dentro do meu peito. E pulsa freneticamente. Um dia mais para cima, outros um pouco mais para baixo. Mas insistente e fazendo meu menino feliz. Exatamente como a gostosa brincadeira na cama elástica.




Incluir felicidade em todos os seus momentos. Se não da maneira convencional, do modo que conseguimos realizar. Esta é a minha luta. E o sorriso do Caio só comprova que sempre vale à pena.

P.S. Eu sei que disse que não retornaria ao assunto tão cedo. Mas quando coisas assim me acontecem, eu não me contenho.


terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Momento ternura

Poucas coisas amolecem mais meu coração do que uma criança dormindo.
Quando esta criança é um dos meus filhos então é que a coisa se complica...

Vontade de morder todinho essa coisinha gostosa...

É ou não é um atentado ao pudor - o desaforo da pose e tanta fofurice junta?