quinta-feira, 26 de outubro de 2006

Sinal de vida

A semana foi power. O Caio teve uma virose que o derrubou. Passamos dois dias entre hospital, exames e consultório da pediatra. Depois de seis dias, quando ele começou a melhorar, eu desabei com uma gripe bem fu... çada (como diz o Yuri). E ainda estou trabalhando como afro-descendente em tempos pré-Isabel... No meio dessas crises, ainda não me mudei e estou me incomodando por isso; o Caio, recuperado, teve 2 consultas de revisão esta semana e isso significa correrias a mais; comecei a escrever três posts sobre assuntos diversos e não consegui concluir nenhum... meus neurônios parecem estar em greve.
Mas agradeço de coração as visitinhas aqui, as manifestações de preocupação e carinho, os emails generosos.
Assim que o tempo, a saúde e o cérebro permitirem, retomaremos nossa programação normal!

quinta-feira, 19 de outubro de 2006

Lindezas em fotos atuais

Meu lindo guerreiro todo charmoso, de gravatinha e tudo, sentado na mesa de aníver da prima Rafa (14.10)

Meu bolachudo favorito, pegando fogo de tanto correr e se divertir na festa...


Eu, posando com as duas coisas das quais mais me orgulho de ter feito nessa vida... hehehe

Quero ver daqui uns 10-15 anos, quais serão as gurias que serão capazes de resistir a esses dois poderosos!

quarta-feira, 18 de outubro de 2006

A lição da Princesa

Morreu a filha do Rei. A princesa que nunca teve trono, cuja vida jamais chegou perto de ser um conto de fadas. Morreu a princesa negra, pobre, bastarda.

Sandra Regina Machado Arantes do Nascimento, vereadora de Santos (SP), morreu ontem, vítima de um câncer. Sandra ganhou notoriedade por sua luta para ser reconhecida como filha do jogador de futebol Pelé. E o suposto “rei” sempre a renegou. Argumentava que não podia amar, de uma hora para outra, uma filha que caiu de para-quédas em sua vida. Mas ele também nunca se esforçou para tal. Em compensação, todos os demais filhos que teve com mulheres brancas e loiras, Pelé reconheceu e deu afeto.

Não gosto da monarquia. Não acredito em reis e rainhas impostos pela mídia. Na maior parte das vezes, a coroa concedida pela admiração da opinião pública, transforma a soberania em soberba. É o caso de Pelé.

Sandra quis carinho e não recebeu. Então brigou na justiça pelo direito mínimo de assinar o sobrenome famoso. O rei negou amor à sua própria filha, justo aquela que, por ironia do destino, mais carregava seus traços físicos. Ele nunca procurou, nunca buscou construir uma relação de afetividade com a filha. Uma pessoa assim não é rei, não é pai, não é sequer homem.

E ela era a parte menos culpada de toda essa história. O fruto da inconseqüente paixão de dois jovens da década de 60.

O cantor Roberto Carlos, outro de nossos “reis”, tomou conhecimento do filho Rafael quando este já tinha mais de 20 anos. Roberto o reconheceu, trouxe-o para trabalhar consigo, fazer parte da sua vida. Apresentou-o em rede nacional, no seu tradicional programa de fim de ano, como um presente de Deus. É. Existem reis e reis.

Em tempos de eleição, vale lembrar que Sandra teve um correto mandato com vereadora. Usou os benefícios que a fama lhe trouxe para criar um projeto que garante a realização de exames de DNA gratuito a mães e filhos sem recursos para tal. A princesa, ao contrário do rei, preocupava-se com o povo e teve postura realmente nobre.

Dizem que o último de Sandra era receber, ao menos, um telefonema do pai. O rei, inatingível em seu castelo, não atendeu. A princesa queria, do alto de sua grandeza, perdoá-lo. Não sei se ele merecia. Mas estou certa de que a princesa agora está no seu devido lugar, no reino dos Céus, ao lado do verdadeiro Lorde.

segunda-feira, 16 de outubro de 2006

A verdade, nua e crua

Dizem que criança não mente. O Yuri bem gosta de contar umas histórinhas... mas ele costuma ser muito sincero e dá suas opiniões "doa a quem doer".
Dia desses, olhando o horário eleitoral gratuito (sim, que ele adora acompanhar comigo), ele disse: "Mãe, eu não gosto do Olívio" (nosso canditato do PT ao governo do RS), ao que eu respondi "Eu também não gosto, meu filho. Mas o pior é que tenho uma foto de braços dados com ele". "Tu tem uma foto com o Olívio, mãe? Eu quero ver!". Daí vasculhei minhas coisas e achei. 1994, final da faculdade de Comunicação, um grupo de teatro que surgiu numa cadeira de Criação. Durante nossos ensaios, o tal Olívio apareceu por lá (se não me engano ele era prefeito de Porto Alegre e estava apresentando o Tarso genro como canditato do partido para as eleições daquele ano... não me lembro bem). Daí que o Olívio tirou uma foto com o grupo, bem ao meu lado e ainda me pediu para dar o braço. Com total cara de bunda, aceitei.
O Yuri olhou a foto, riu, depois disse "É o Olívio mesmo... mas que feio né, mãe?!". E eu concordei "É o Olívio não é dos mais bonitos". Ao que o Yuri retrucou "Eu estou falando é do teu cabelo, como era feio!". Como é que é?! Então, tá, meu filho, obrigada pela parte que me toca!
Hehehe... brincadeiras à parte, amo a sinceridade do meu primogênito tagarela!

A verdade 2

Ainda o Yuri, com sua sinceridade desconcertante...
"Mãe tu é a única pessoa bem gorda que eu conheço que é bonita".

Eu consegui escapar

Eu comecei o Dia das Crianças triste. Pra variar, estava sem grana para comprar um presente para meus filhos. O Cainho ainda não entende, mas o Yuri tinha feito lista e tudo o mais... Daí que comecei no dia 11 mesmo, a enchê-los de beijos, reforçando o quanto os amo e o quanto eles são importantes na minha vida. Jantamos uma pizza, que o Yuri ama, numa prévia do feriado.

Dia 12, amanheci o dia saudando-os “Bom dia, príncipe amado da mãe! Feliz Dia das Crianças, meu anjo!” (o discurso foi o mesmo para ambos). Almoçamos na minha sogra e depois os levei à pracinha. E aí, estraguei seus dentes com muitas balas e chocolates. Cantamos suas músicas favoritas. E brincamos muito com os presentes que eles ganharam de amigos, dindos, tios. E eu pude perceber que, ao final do dia, eu tinha sido presenteada com várias risadas sinceras e gostosas.

Eu consegui escapar do consumismo do dia 12 e acho que pude mostrar a meus filhos que lhes dedico o que há de mais valioso: meu amor, meu tempo, minha vida. E ainda que eu não tenha lhes comprado nada em especial, pude sentir que foi um dia bem feliz em suas vidas.

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Dia das Crianças, coração enternecido

O Dia das Crianças chegando e meu coração fica enternecido, olhando meus filhos e suas evoluções...

• O Yuri participou semana passada da II Noite do Pijama da sua escola, dormindo lá. Foi algo: ele pediu pra cortar o cabelo na véspera, "para ir bem bonito"; tinha pedido um DVD de dia das crianças para minha mãe mas trocou o pedido de última hora, se ela pudesse adiantar o presente e lhe dar um pijama novo! Pode, tanta vaidade?
E ele adorou, se portou superbem, mostrando pra mamãe que insiste em ficar de coração apertado que ele já é um "homem de 6 anos".

• O Caio tá uma delícia, supersapeca. Olha pra gente e diz "nenê". Nós repetimos e ele faz o sorriso franzido, tipo "bichinho" mais lindo desse mundo! (e eu ainda não consegui fotografar!).

• Estou tentando despertar o espírito solidário no Yuri. Todo ano, em véspera de aniversário dele, dia das crianças e natal, doo alguns brinquedos usados, pois sempre vem centenas de novos! Bem, dessa vez quis que ele participasse ativamente, selecionando ele próprio os brinquedos a serem doados. Ele tem uma dificuldade tremenda em se desfazer de seus pertences. Daí expliquei que existem crianças pobres, que precisam de nossa ajuda, etc. E ele me sai com essa: "Se as crianças são pobres elas precisam de comida, não de brinquedos". Sim, meu filho, elas precisam de muitas coisas, mas principalmente de um pouco de afeto, ainda que traduzidas em brinquedos usados.

• Cortamos o cabelo do Caio duas vezes, mas os caracóis crescem com fermento!!! Em breve, um novo corte para o verão!

• E o Caio segue numa onda de bons tempos - boa saúde, bom humor, bom sono, bom apetite. Estamos fechando 1 mês de estabilidade e isso é uma grande vitória.

• Acredito piamente que no próximo verão, meu caçula estará caminhando à beira mar. Ele tem se segurado na primeira coisa que encontra e faz muita força para ficar de pé. Quando o ajudamos a "dandar" ele quase não cabe em si de tanta alegria... o problema é que ele chega a parar de tanta risada que dá...

Nossas crianças, nossa aposta numa nova geração, as razões de nossas vidas, os alentos de nossas dificuldades. Abençoadas elas sejam, amanhã e em todos os próximos dias. Que todos os dias sejam sempre seus, com carinho, saúde, educação, oportunidades, alimentação adequada, igualdade. E principalmente, amor sem fim!

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

Pipoca ou Piruá? Eu decidi!

Em tempos difícies (e tom aqui não é de lamentação; não são os primeiros, não serão os últimos e certamente já tive piores), reencontrei este texto que gosto muito e que me deu a certeza de que sou, ou ao menos tento ser uma pipoca danada!

Pipoca ou Piruá?


A transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação por que devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser.

O milho de pipoca não é aquilo o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro.

O milho de pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer. Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo.

Milho de pipoca que não passa pelo fogo, continua a ser milho de pipoca, para sempre.

Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira.

São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosas. Só elas não percebem. Acham que é o seu jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo.

O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Dor.

Pode ser o fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder o emprego, ficar pobre.

Pode ser o fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão, sofrimentos cujas causas ignoramos.

Há sempre o recurso do remédio. Apagar o fogo.

Sem fogo, o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação. Pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro, ficando cada vez mais quente, pensa que a sua hora chegou: vai morrer.

Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada.

A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz.

Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: Bum!

E ela aparece como uma outra coisa, completamente diferente do que ela mesma nunca havia sonhado.

Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisas mais maravilhosas do que o jeito delas serem. A sua presunção e o medo são a dura casca que não estoura.

O destino delas é triste. Ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca e macia. Não vão dar alegria a ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.

E você, o que é? Uma pipoca estourada ou um piruá?

quinta-feira, 5 de outubro de 2006

Alento para o cotidiano e a alma

Ontem, então aconteceu o IV Encontro Mothern aqui do RS. E não vou repetir tudo o que já disse sobre as meninas serem pessoas especiais para mim, porque elas são e ponto final. Agora, é engraçado como certas pessoas, quando falo da amizade mothern, ainda me questionam: “mas isso não é sério, né?”.

É seríssimo. E lindíssimo. Ontem tive o prazer de conhecer pessoalmente a Márcia de BH, e ela sabe muito da minha vida, perguntou sobre os meus filhos com muita naturalidade e conhecimento das nossas vidas. Como postei logo após o primeiro encontro que participei, são todas minhas velhas amigas. Mas o que é melhor, somos participativas uma na vida da outra. Em pouco menos de quatro meses, este é o quarto encontro. Já estamos agilizando outro pra semana que vem, pra visita da Bárbara para os lados do pampa gaúcho. Ou seja, eu as vejo e converso com elas mais do que muitas pessoas próximas da minha família!

E mais do que isso, pela simpatia, pelas histórias de maternidade e vida compartilhadas, pelas risadas... adoro encontrar minhas amigas. Elas são o melhor alento para um cotidiano que às vezes é difícil, e para uma alma em busca de carinho.


Da esquerda para a direita: Ísis, eu e as Márcias, BH e POA, respectivamente.
Ainda tive a alegria de conhecer o Paulo, simpatissíssimo marido da Márcia POA. No fotolog da Ísis, acho que vai rolar a foto com a presença dos maridóns. A minha é versão Luluzinha.

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

Delírios de uma segunda-feira pós eleições

• Estou um pouco esperançosa: meus candidatos a presidente e governador(a) conseguiram levar a decisão para o final do mês. Resta uma luz no fim do (segundo) turno...

• Estou abismada: que país é este que elege Collor Senador e Clodovil e Frank Aguiar “O Cãozinho dos Teclados” para deputados – só para citar os escandalosamente mais notórios?

• Minha gripe começou a ceder. Ainda bem, “eu bão abentuava bais balar assim” (traduzindo: eu não agüentava mais falar pelo “bariz” – hehehe).

• Agradecendo as bênçãos e pedindo pela sua continuidade. O Caio começou a usar a bombinha preventiva de crises respiratórias. Ele está completando 10 dias de alegria pura – come bem, dorme bem, faz muito exercício e esbanja sorrisos. E esse estado acaba refletindo no coração da mamãe aqui, feliz pela felicidade dele.

• O Yuri, além de lindo, é muito ligado em tudo. Foi votar comigo e tomou conta da urna eletrônica na votação pra Senador, Governador e Presidente. Ele amou participar e eu babei!

• Aliás, ele também é muito observador. Na semana passada ele tinha feito um avião com garrafa pet na escola. Ontem, rasgou um pedaço da asa do avião, porque estava “simulando o acidente do avião pequeno que bateu naquele grande e derrubou ele na floresta”. Se quiser, será um excelente repórter do JN daqui alguns anos...

• Semana decisiva de promessas, novenas e tudo o mais pra vida dar uma virada pro bem! Amém!

• Em tempo de eleições, eu já elegi meu campeão de votos, beijos, abraços. Sua plataforma está baseada no sorriso sapeca, no lindo olhar e na mão fofucha. Sem chance para os adversários!