quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Missão e Propósito: quais os teus?

Em meu processo de Coaching, “travei” em escrever sobre minha Missão e Propósito acerca do meu objetivo traçado. Confessei para minha Coach que é uma tarefa bastante difícil. Viajando em meus pensamentos, meu objetivo dentre desse estudo é alcançar um determinado status pessoal e profissional que me traga realização. E sendo realizada, serei feliz. Logo, acho que o desafio é pensar quais os caminhos que podem nos conduzir mais efetivamente à almejada felicidade.

O dicionário trata ambas como praticamente sinônimos. Missão é uma tarefa, uma incumbência, uma obrigação, um propósito. Propósito, por sua vez, é a intenção, projeto, objetivo. Na folha do meu exercício de Coaching, a frase: Missão é um propósito que atrai a pessoa para a vida.

Confabulando a respeito, a distinção que faço é que minha missão é aquilo que estou destinada ou determinada a fazer; o propósito é qual o sentido disso tudo.

Eu diria que minha missão é ajudar as pessoas. Sim. Pode parecer até prepotente de minha parte. Mas é isso que gosto, quero e acho que sei fazer. É o que procuro fazer no meu trabalho, orientando pessoas sobre seus direitos, especialmente famílias com filhos deficientes ou alguma necessidade especial. É o que faço quando sou procurada para um atendimento em reiki ou tarô ou quando realizo meu trabalho espiritual. Tornou-se um caminho natural aqui no blog, quando compartilhei minhas experiências. É o que me gratifica quando dou minhas palestras.

E sabe, vou te contar uma coisa. Eu quero te ajudar. Eu, que sofri um sentimento de abandono na infância, bulling, fui vítima de violência doméstica, tive depressão profunda e um filho com deficiência por erro médico. Eu que passei grande parte da minha vida achando que era uma coitadinha, uma sofredora.

Pois eu virei o jogo. Entendi e decidi que de coitadinha não tenho nada. E que minha vida corre por minhas mãos. Me coube tomar-lhe as rédeas. É isso que tento mostrar com minha vida. Dá pra virar o jogo. Dá pra mudar, crescer, transmutar, vencer. Um dia de cada vez. Mas dá. Falo de atitudes, de pensamento, mas na prática. Pense, queira e faça acontecer.

Então, descubro que este é o meu propósito. Fazer diferente. E, quiçá, fazer diferença na vida de alguém. Quando minha orientação a uma família mostra como conseguir algum direito garantido em lei para sua criança e isso lhe traz alento. Quando meu atendimento holístico devolve esperança a alguém que está se sentindo desorientado. Quando alguém lê minhas palavras e me agradece porque a mensagem a sensibilizou. Quando recebo um abraço de gratidão após cada palestra. Quando toco o coração do outro. E o meu bate mais forte por isso.


Missão e propósito não precisam ser, necessariamente, grandiosos materialmente, ou facilmente quantificados ao olhar dos outros. Basta que te motivem a acordar todo dia e arregaçar as mangas com vontade. Que te deixe com aquele brilho inconfundível no olho. Que te recarregue com vontade de fazer mais e mais. Eu acho que encontrei os meus.


domingo, 25 de setembro de 2016

Bons sentimentos são exercícios

Estava aqui pensando em alguns feedbacks que recebo das pessoas de meu convívio, amigas próximas, leitores do blog, amigos de redes sociais, de qualidades positivas que, generosamente, enxergam em mim. Alegria, bom humor, determinação, positividade, são algumas listadas.

Vou confessar para vocês.
Eu não sou assim.
Mas me esforço muito para ser.

Sou ansiosa, mas me esforço para ter serenidade. Meu humor é oscilante, mas me esforço para mantê-lo no patamar mais elevado possível. Sou insegura, mas uso de todas as ferramentas que disponho para aflorar meu lado mais motivado. Enfim, eu luto brava e constantemente para reverter o jogo.

Dentre os tantos aprendizados que a vida me trouxe, acredito que o maior deles foi o de que "a felicidade é um hábito". Ouvi isso num vídeo e me marcou demais. E hábitos se constroem. Se cultivam - e o cultivo, nem sempre é fácil. Pelo contrário, se exige empenho, tempo, cuidado. Os bons sentimentos que carregamos no peito e vida afora são exercícios. Se não os cultuarmos diariamente, tais como músculos, eles enfraquecem e deixam de existir.


Exercito meu bom humor. Uma querida amiga disse dia desses que adora minha capacidade de fazer piada de mim mesma. Respondi: prefiro ser caricata à infeliz. Exercito minha fé de que tudo vai dar certo, sempre da melhor forma. Prefiro ser utópica à pessimista. Exercito minha tenacidade, lutando contra árduos obstáculos. Prefiro insistir do que desistir. Exercito. Alguns dias, falho. Tudo bem. No outro, sigo exercitando. 

Os maus sentimentos nada me agregam. Tornam meus dias e minha vida sem sentido, um muro de lamentações. Os bons sentimentos me trazem razões para continuar. Justificam, com sua existência, todos os caminhos percorridos, apesar das asperezas. Então, eu quero ser feliz, motivada, forte, bem humorada, amorosa, grata, sensível, amiga, dedicada, batalhadora, competente, inspirada. E para isso, eu exercito este querer todos os dias. É mesmo incrível a capacidade que ele tem.

Hoje, de novo, é aquela horinha de começar a se organizar para a semana que vai começar. Minha dica é: queira ser feliz. Deseje ser positivo, motivado, alegre, grato por sua rotina. Motivos para o contrário devem existir às pencas. Abra os olhos e coração para ver os ganhos que exercitar os bons sentimentos vão te trazer. 

Repito: Queira ser feliz. E seja!

Uma semana cheia de bons exercícios a todos! Depois, deixa nos comentários, como tem sido. 

Um beijo,
Cláudia

domingo, 18 de setembro de 2016

Bota fé e vai!

Na minha palestra “Desafios e Possibilidades da Deficiência”, um dos tópicos fala de fé. Sem levantar bandeiras em prol de uma ou outra religião e/ou crença. Mas eu falo que acredito que por mais pragmática, materialista ou objetiva que a pessoa se considere, existem experiências na vida que praticamente inviabilizam a teoria de que somos apenas um conjunto de átomos e que existimos somente durante o breve espaço entre nascer e morrer.

Tudo há de ter um porquê. Um motivo. Ou, como eu prefiro denominar, uma missão, um propósito. Não entra em minha cabeça que recebamos diariamente, um caminhão de desafios a serem superados por nada. Que grandes tristezas tenham que ser enfrentadas por mero acaso. Ou até mesmo que imensas e, por vezes, inesperadas alegrias, batam despretensiosamente na porta de cada um.

Em primeiro lugar, quando a gente tem fé, a gente acredita no amanhã, com confiança e sem ansiedade. Quando a gente crê que a vida é algo além de nossas forças físicas, nos conectamos com ela em sua essência, apreciando sua beleza. Quando olho para as maravilhas da natureza, evidenciado num lindo pôr do sol, por exemplo, eu posso trazer todas as leis da química, física e biologia para justificá-lo. Ah, mas para explicar o encantamento com o qual ele nos toca... Aí surge o nome de Deus, de Buda, de Oxalá, de uma deusa mitológica ou da energia universal. E esta apreciação, unida a esta fé em algo além das evidências materiais, nos preenche de sentimentos bons. De positividade. De esperança. De ternura. De contemplação.


E estar preenchido de sentimentos bons, aí a neurociência comprova, é um grande portal de entrada para coisas ainda melhores – físicas, psíquicas, emocionais. E quem não quer o melhor para si mesmo? Então, encerrando o domingão, te faço um convite. No lugar da lamentação pelo término do final de semana, vamos colocar fé? No lugar do cansaço e mau humor antecipado pela segunda-feira, vamos colocar fé? Fé de que tudo vai dar certo. Fé na tua capacidade de realização. Fé nos teus projetos e sonhos. Fé em Deus, num orixá, na Bíblia ou no Livro de Mórmon, numa imagem, num patuá, oração ou ritual, se assim te fizer sentir ainda mais confiante. Mas, principalmente, bora botar fé na vida? Uma vida mais feliz depende essencialmente de acreditar que ela é possível. Bota fé e vai! Depois, aqui nos comentários ou na nossa página do Facebook, me conta como foi!

Uma semana inspiradora e motivada a todos!

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Tempo de Florir

E as respostas, vêm da Natureza. Vivo dias difíceis, onde a ansiedade é meu maior inimigo. Quando?, me pergunto. Quando parar de desejar fixamente? Quando estiver distraída? No tempo de Deus, eu sei... Mas árdua tarefa aguardar o agir dEle e não seguir se perguntando... Quando? Mais uma vez a resposta veio do meu humilde pomar. Fui colher limões para um suco e minha atenção é desviada... Olho mais de uma vez. Não sei o nome desta planta. Sei apenas que ela gera uma linda flor alaranjada. Era uma das paixões de minha querida vó Piti. Quando saí de Porto Alegre e vim para Canoas, em dezembro de 2003, trouxe várias mudas comigo. Mas, ao longo destes anos, ela nunca floresceu. Nunca. Uns tempos atrás, fitei-a no pátio e me perguntei se não seria tempo de deixá-la morrer. Porém, mesmo sem flor, ela seguia viva. Qual o propósito, se não florescia? Pois hoje, quase 13 anos depois, seu colorido alaranjado desviou meu olhar do limoeiro. Carregada de botões em flor. Eu, que nem acreditava mais rever esta cena, me emocionei. Ela está florindo. Quando as flores deixaram de ser alvo de ansiedade e preocupação. Quando não havia ninguém observando. No tempo que foi necessário, ela volta a se abrir em flor.
Coincidentemente minha mãe deu uma passada rápida aqui em casa e lhe comentei o fato. "Bah, então este é o ano das flores, me disse ela", relembrando da outra muda de flor que cultivo e que demorou exatamente 364 dias para voltar a florir.
A natureza, minha mãe, o Universo, todos juntos trazem as respostas.
Calma, Cláudia. Serena teu coração. Teu jardim também está prestes a se abrir em flor. Enquanto o dia não chega, aprecia a companhia dos limões, das kalanchoes, a colheita da arruda, do gengibre e o reflorescer do manjericão. Ou seja, desfruta das paisagens e sabores que a vida te oferta, enquanto não desabrocham tuas flores. Vive e confia. A primavera - da tua vida - está chegando.