segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Bodas de Linho

Sim, eu casei achando que seria pra sempre.
Mas ao longo desses 13 anos não foram poucas as vezes em que achei que já tinha ficado casada tempo demais.
Hoje completamos nossas Bodas de Linho.
E vou ser sincera... não existe mais paixão.
Mas existe uma vontade mútua de prosseguir. A certeza de que ainda temos muito a construir juntos.
Gosto dessa transparência.
De um querer bem sem maiores inseguranças ou ímpetos.
De poder assumir que ainda nos queremos "apesar de" e não por conta de alguma convenção social.
Sabemos dos defeitos e limitações um do outro.
E se, ainda assim, comemoramos esses 13 e pensamos em mais 13... o nome disso deve ser amor.


quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Esperança no amor de amanhã

Eu sempre falo da minha insegurança se o Caio será aceito na sociedade. Comento do amor que acho que não vem de onde parece que ele deveria vir mais naturalmente. Mas Deus sempre me mostra que não é bem assim...

Rafaella é nossa priminha amada. Filha da minha prima-irmã. Ela ama muito os primos. Adora o Yuri, vive correndo atrás dele, dizendo que o ama e pedindo beijos. E também ama muito o Caio. Ama com uma espontaneidade e força que só mesmo seu puro coraçãozinho de 3 anos é capaz. Sempre dirige a ele um carinho, um beijinho, um gesto carregado de ternura.

Ontem, saímos em família.
Rafa foi ao lado do Caio no carro, sempre alisando ele. O fez dormir. E adormeceu o acarinhando... Depois, Caio estava muito choroso. E ela me pediu pra eu colocá-lo na cama pra ela cuidar dele. Fui lá espiar e lá estava ela cantando, alisando, amando!

Meu coração se derreteu ao ver os dois. Porque a Rafa exerce um amor ainda maior do que nós, os adultos que amam o Caio. Um amor sem pré-conceito. Ela o ama porque o acha lindo. Porque é seu primo. Ela o ama simplesmente, independente de qualquer deficiência que ela ainda nem sabe existir. O que ela sabe é que o Caio é assim. E assim ela o aceita e me enche de esperança de que a geração de amanhã saberá receber o Caio de braços abertos, com carinho e sem maiores exigências, com verdade.

Exatamente como a doce Rafinha.



terça-feira, 22 de setembro de 2009

Houve uma vez um verão...

Paixão antiga sempre mexe com a gente
é tão difícil esquecer
Basta um encontro por acaso e pronto
começa tudo outra vez
E vendo você o coração parece que vai saltar
Pelo meu corpo, saudade em todo lugar
E eu sem disfarçar te como com meu olhar
Foi bom demais, não tinha que acabar
Meu bem, quando eu te vi,
tudo voltou e eu compreendi
Que te amo, quero, adoro sempre mais
Deixa o coração te seduzir, não dá mais pra disfarçar
Deixa o sentimento decidir, já é hora de voltar !!!

(Paixão Antiga - Marcos Valle / Paulo Sergio Valle)

Tá. Não é tudo isso. Mas uma tremidinha no joelho, sempre dá...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Um amanhã que não virá

Oi mano.
Espero que estejas bem, apesar da minha saudade que, tenho medo, possa estar te atordoando.
Acho tão difícil falar em luto com as pessoas, porque apesar de todas as minhas crenças, dói muito ver que a vida está passando e que eu não te tenho aqui do meu lado.
Esses tempos eu tava pensando quão egoísta eu sou, porque andei lembrando muito de ti em tempos difíceis que tenho vivido aqui... eu e o sobrinho que não chegastes a conhecer. Do quanto me sinto só e até mesmo incompreendida "pelo mundo". Porque tenho certeza de sempre poder contar com teu abraço tão reconfortador...
Daí que semana passada nossa família aumentou... uma prima muito querida teve uma linda filhinha. E a irmã dela me fala que nunca tinha imaginado que era tão bom ser tia...
Ser tia... Aí está mais uma coisa que descobri que não vou viver, que não vou saber o que é.
Tua partida tão precoce me levou parte de uma alegria que é impossível existir sem a tua presença física, mas, descobri, levou também experiências que jamais acontecerão.
Penso no Caio, no tio maravilhoso que serias pra ele, como foste, em tão pouco tempo de convívio, para o Yuri...
Lembro que me entristeço por tudo aquilo que foi tirado de mim e do Caio, de situações que jamais poderemos viver... ainda que ele venha a ter uma reabilitação fantástica no futuro... são momentos e experiências que não poderão ser devolvidos. Mas temos o futuro. Temos meus sonhos e nossa luta para, ao menos, tentar...
De ti, vejo que não tenho mais um amanhã. Dói saber que certas emoções não poderão ser compartilhadas. Temos apenas o passado. Aquilo que vivemos tão intensamente e de forma tão pura. Um amor que nasceu com a gente e fica pra sempre.
E isso me resta como único, mas contraditóriamente imenso, alento...
Meu amor por ti é pra sempre.
Mais forte do que a própria vida.
Intenso como se hoje não fizesse 8 anos de tua ausência...
Porque eu sei, como poucas pessoas podem saber, que daqui de dentro do meu coração tu nunca sairás.
Saudades. Amor. Sempre.
Tua gorda.

sábado, 5 de setembro de 2009

Divagações de um coração desassossegado

Eu tinha escrito uns outros posts, sobre boas novas do Caio e outras amenidades.
Mas hoje não poderei publicá-los.

Meu coração está outra vez em desassossego.

Caio teve uma nova convulsão hoje pela manhã, logo após acordar.
Os mais práticos dirão que não há nenhuma novidade nisso, que é inerente a seu quadro neurológico.
Mas, como sempre digo, pro meu coração de mãe, nunca é simples.

Fomos de ambulância até o HPS de Canoas.
Ele foi bem atendido, tudo certo. Recebemos alta na metade da tarde.
Em princípio parece que a causa foram os vômitos dos últimos dias, que não deixaram ele absorver corretamente os anticonvulsivantes.

Mas devo dizer que a experiência com as convulsões, embora tenham se tornado frequentes no último ano, não faz de mim uma mãe mais tranquila.
Antes, pelo contrário, acho que me sinto mais fraca, mais medrosa... e com uma certa revolta também.

Chorei muito ao me ver mais uma vez numa sala de espera de uma emergência.
Choro de medo de que possa surgir alguma complicação e eu venha a perder o meu filho tão amado.
Choro de tristeza por ter que assistir, impotente, os sofrimentos e as lutas, que nestes momentos, são só dele.
Choro de incompreensão, temporariamente abandonada por minha fé, e me pergunto repetidamente: por quê conosco?

E me cobro, me envergonho de me sentir assim.
De não ter, nessas horas, a força que eu tanto quero ter, que tanto acredito ter, proporcional ao amor gigante pelo meu Caio.

Gostaria que nossa rotina não fosse essa.
Alguma outra mãe pensaria diferente?
E ao mesmo tempo, me pergunto se eu teria crescido tanto se não tivesse a rica e abençoada experiência de ser a mãe desse guerreiro...

Lá no fundo, ainda tenho certeza de que fomos escolhidos, de que nos escolhemos e de que está tudo sendo conforme o combinado com Ele.

Mas hoje, neste instante, estou cansada de tudo isso.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Só dá ele!

Sábado agora, dia 29, Yuri participou da Copa Canoas de Judô, um evento que reuniu mais de 460 judocas de todo o Estado.
E lá foi ele para o pódio outra vez!
Levou a medalha de prata!

Três campeonatos, três medalhas!

Lembram as duas primeiras? Aqui e aqui!
É definitivamente o meu garoto de ouro!


E acho que pode ter um futuro campeão olímpico se desenhando aí...



Ele fica ainda mais lindo no pódio...

Maior pinta de atleta olímpico, né não?

Com a Sansei Ane

E o meu sorriso... será que estou orgulhosa?

P.S. Ele não tá com a cara muito boa nas primeiras fotos porque machucou feio o cotovelo, sendo, inclusive, atendido pela equipe médica do local. Mas já está tudo ok com ele!