sexta-feira, 30 de março de 2007

Cenas de um romance

“Você é um doce, a mais querida do mundo.
Você é muinto
(sic) perfeita pra mim. E eu sempre vou ser seu amigo.”

Yuri, em carta escrita à namoradinha, que ele me mostrou ontem. Ele sim, é um doce. E tomara que seja sempre meu amigo também.

quinta-feira, 29 de março de 2007

O que eu preciso pra ser feliz

Hoje eu preciso te encontrar de qualquer jeito
Nem que seja só pra te levar pra casa
Depois de um dia normal
Olhar teus olhos de promessas fáceis
E te beijar na boca de um jeito que te faça rir (que te faça rir)

Hoje eu preciso te abraçar
Sentir teu cheiro de roupa limpa
Pra esquecer os meus anseios e dormir em paz

Hoje eu preciso ouvir qualquer palavra tua
Qualquer frase exagerada que me faça sentir alegria
Em estar vivo

Hoje eu preciso tomar um café, ouvindo você suspirar
Me dizendo que eu sou o causador da tua insônia
Que eu faço tudo errado sempre, sempre

Hoje preciso de você
Com qualquer humor, com qualquer sorriso
Hoje só tua presença
Vai me deixar feliz
Só hoje

(Só Hoje - Jota Quest /Fernanda Mello e Rogério Flausino)

sexta-feira, 23 de março de 2007

Elas, que amo tanto

Encontro Mothern é sempre tudo de bom. Agora, com participação VIP interestadual, como foi o caso do almoço de ontem, com a presença da Bárbara e do lindo Theo... Me faltam as palavras. A Bárbara é uma das precursoras deste canal de amizade e troca que se tornou tão importante pra mim. Ela me acompanhou desde a gestação do Caio e sempre mandou muito carinho viva internet. Carinho nada virtual, mas aqueles de aquecer o coração de verdade.

Ontem ao encontrá-la ao vivo, pela primeira vez depois de mais de 2 anos de amizade online, não me contive e chorei. Abracei-a tentando demonstrar todo o meu afeto e gratidão. Ela nem me conhecia, não sabia nada da minha vida, exceto meu apelido, que tinha um filho e que estava grávida do segundo, com o marido longe. Mas chegou de mansinho e me ofereceu o que de mais legítimo a gente pode ter nessa vida - amizade.

Parecíamos duas loucas, nos abraçando toda hora, durante o almoço. Relembramos episódios, enfim. Nós já somos íntimas, mas ontem se tornou especial. Pra mim, consolidou o sentimento que já é forte o suficiente pra durar pra sempre. E junto com a Ísis,a Lê Poa e a Karina, pudemos mais uma vez celebrar todas essas coisas boas - a amizade, a maternidade, a verdade, a vida acima de tudo.

Ísis, toda light de férias; Bárbara, nossa VIP querida; eu; Lê POA,
minha vizinha adorada; Karina, sumida mas fiel e o delicioso do Theo.

A Bárbara quase me enforcou... tamanho o abraço... e eu adorei!

Somos ou não, amigas muito lindas e unidas?!

terça-feira, 20 de março de 2007

Nossas news

* O Caio recebeu "alta" do tratamento pneumológico que estava fazendo há 1 ano. Sem crises respiratórias, sem necessidade de medicação, riscamos um médico de nossa agenda!!!

* Ontem, revisão mensal com a neurologista. Ela se encantou, ria sozinha ao examinar o Caio e ver como ele está atento a tudo. Comentei suas últimas conquistas, como tirar todos os brinquedos do lugar no berço; sua percepção do próprio corpo, como ele tem se movimentado bastante... enfim. Ela o examinou atentamente. O perímetro cefálico, que estava estacionado há alguns meses, voltou a crescer adequadamente. Isto, disse ela, é sinal de conexões neurológicas a pleno vapor, o que é excelente. E descarta de vez a microencefalia. A avaliação final da consulta: nota 10 pra ele! Ou melhor, segundo a própria médica, 11!
Bem, ela ainda não quer nos largar tão cedo... as consultas são mensais, sempre pela gravidade do que já foi, ela se sente melhor acompanhando mais de perto. Como ela já mostrou escolhas muito acertadas, entrego-confio-aceito-agradeço.

* E o Yuri e seu namoro? Sexta passada pediu a namoradinha em casamento. Ontem escreveu uma carta, reiterando o pedido. Me preocupei e o chamei pra conversar: "Filho, tu sabes que ainda é uma criança, certo? E crianças não casam...". Ao que ele prontamente respondeu: "Dãããã, é claro que sei, mãe. Eu só estou planejando!". Ah, tá... bom saber, só isso...

* Eu a mil, já vendo os detalhes pra festinha dupla de maio. A comemoração será dia 20. Ok, ainda faltam 2 meses. Daqui há pouco, vocês verão que já estará acontecendo... o tema deste ano será Lillo & Stitch e a Magia da Ohana (família, pra quem não assistiu o desenho, que aliás recomendo e muito!). Alguns dizem que é tema de menina. Discordo. O ambiente é o Hawaí, temos diversos bonecos de pelúcia do Stitch que o Sandro trouxe da Europa e somos uma Ohana muito unida. Tema escolhido, ponto final.

quinta-feira, 15 de março de 2007

Fim dos tempos

Pouco mais de duas semanas de aula e, ontem, o Yuri me chama para uma conversa:
"Mãe, eu agora tenho uma namorada na escola... A gente até já se beijou (e me aponta a testa e a bochecha). Amanhã posso levar uma flor do nosso jardim pra ela?"
Pronto, é o fim! Entrei irremediavelmente no caminho que me conduzirá ao status de sogra!
Amanheci me sentindo uma octagenária...

segunda-feira, 12 de março de 2007

A urgência de ser feliz

Como as coisas são. Semana passada eu estava triste por causa de comentários preconceituosos e ignorantes que ainda se aproximam do meu Caio. Logo em seguida, li um texto maravilhoso da Letícia, em seu blog. As palavras dela não me saíam da cabeça: entrego – confio – aceito – agradeço. Pois afinal, foi assim desde sempre, em nossa trajetória. A minha e do meu Caio. Desde o momento que entramos na maternidade, com a bolsa rompida e os médicos sem querer fazer o parto, alegando os riscos da prematuridade. Foram 4 intermináveis dias de angústia. Mas de entrega absoluta nas mãos de Deus. Sempre confiei que meu filho iria sobreviver. Depois, ao longo da internação na UTI Neonatal, durante várias vezes os prognósticos foram ruins – a meningite, as lesões cerebrais, a hidrocefalia. E eu sempre aceitei, disse que queria e amava meu filho do jeito que fosse, desde que vivo. Agradeci a Deus por cada noite que víamos acabar, por cada novo sol que nascia e que meu pequenino se mantinha ali, lutando.
Entreguei, confiei, aceitei, agradeci.
E assim tem sido sempre.

O preconceito me desestabiliza sim, porque não acredito em tanta ignorância, em tanta agressividade ao que, afinal, é apenas diferente da maioria – não necessariamente normal ou correto. É isso: não sabemos aceitar as diferenças. Mas confio no nosso futuro, na solidez da trajetória que estamos seguindo. Aceito com amor nossos desafios porque certamente eles nos fazem crescer. Agradeço cada momento que vivemos, pois sei que nos aproximamos, nos descobrimos, nos amamos ainda mais.

Ultimamente, o Caio tem refletido os excelentes resultados dos últimos exames. Tem descoberto o mundo. Ele descobriu que, ao tapar o próprio nariz, sua voz sai diferente. E se diverte com isso, fica “conversando” e segurando o nariz com a mãozinha até o fôlego não agüentar mais. E tem se virado rapidamente para buscar objetos com os braços (os mesmos braços que 15 meses atrás eram paralisados!). Dia desses ficou um tempão se arrastando na cama, de bruços, até chegar a uma sacola e conseguir tirar objetos dela. E a fala, então? Ok, nada de “palavras” novas, mas muitas sílabas diferentes. Antes, ele só falava se falávamos com ele. Agora não, quer conversar o tempo inteiro. Semana passada, quatro da manhã e ele estava eufórico em seu berço, cantarolando. Eu acordo às 6h15 pra vir trabalhar! Vim demolida fisicamente, mas cheia de energia interior. Poderia eu xingar a alegria que meu filho sente ao perceber sua própria evolução? Dane-se o relógio! Já perdi noites de sono por motivos muito mais atordoantes. Agora, tudo é festa! Essas conquistas a que me refiro, cheia de alegria, são coisas que qualquer bebê de 4, 5, 6 meses faz? Sim. Mas são vitórias incalculáveis para uma criança com paralisia cerebral.

Sobre o texto da Letícia, que tanto motivou este post; sobre a pergunta cretina que o Yuri respondeu magnificamente; sobre o tempo de desenvolvimento do meu Caio e suas emocionantes descobertas: nas mãos de Deus entrego, na capacidade de meu filho confio, nosso destino eu aceito, nossas vidas agradeço.

Sim, eu amo. Sim, eu não tenho pressa. Minha única urgência é vê-lo assim: feliz.

quinta-feira, 8 de março de 2007

Dia da Mulher

Não gosto muito das comemorações ao Dia Internacional da Mulher. Primeiro porque acredito que a grande maioria destas datas são destinadas a minorias ou pessoas vítimas de algum tipo de preconceito – vejam Dia do Índio, Dia da Consciência Negra, entre muitos outros. Depois, porque é para lembrar a morte de mais de uma centena de mulheres trabalhadoras no século 19, durante uma manifestação delas por melhores condições de trabalho.

Até gosto de receber botões de rosas, mensagens, cartões, etc. Porque realmente acho que a mulher, justamente por ter sido sempre, historicamente, tão reprimida e desvalorizada, fez grandes avanços na sociedade mundial. São aqueles números que divulgam que a mulher é responsável pelo sustento da família em X% de lares; ou que ela tem tido cada vez mais destaque em territórios profissionais antes estritamente dominados pelos homens. Hoje temos as juízas, as policiais, as cientistas, as políticas. Que bom, fico feliz.

Mas não consigo entender como ainda permanecemos com salários mais baixos do o do colega homem que exerce a mesma função; ou o quanto ainda somos vítimas de violência doméstica e exploração sexual e, diante das autoridades, temos que provar nossa inocência. Não entra na minha cabeça como um cromossomo diferente do meu pai ou do meu marido, me façam inferior, como infelizmente ainda somos vistas por uma parcela machista e burra da sociedade. Aliás, alguém já leu piadas de loiro burro? Não, é claro que era preciso ser uma mulher a figura estereotipada.

Enfim, tenho orgulho de ser mulher, porque acredito sim que somos mais fortes. Estamos ao longo dos anos derrubando intermináveis barreiras e construindo trajetórias que conciliam competência profissional, dedicação à maternidade, vida sexual, relacionamentos familiares e amorosos sólidos. Mas apesar disso tudo, sigo sonhando com uma sociedade mais igualitária, onde homem, mulher, idosos e crianças, independente de sua raça, possam simplesmente ser vistos como seres humanos e, por isso mesmo, todos dignos, na mesma proporção, de todos os direitos relativos a uma vida de qualidade e com oportunidades.

E ainda assim desejo a nós, mulheres, um feliz dia hoje. E amanhã também, e depois de amanhã e em todos os outros que estiverem por vir.

segunda-feira, 5 de março de 2007

Lição de sabedoria

É, eu sei, volta e meia ainda acontece. E em 100% dessas vezes, eu me chateio bastante.
Eu, Caio e Yuri juntos. Alguém me comenta: “Nossa, o Caio já vai fazer 2 aninhos, né?! E ainda não consegue caminhar e mal está querendo falar, igual a nenê. Que pena, né?!”
Ao que o Yuri, filho sábio e abençoado, larga a melhor resposta, aquela da qual não sou capaz em momentos assim:

“Que mania os adultos têm, quanta pressa... É só esperar os dias passarem.”

Obrigada, meu amor. É isso mesmo... basta esperar os dias passarem. E viver sem pressa o que certamente Deus nos reservou. Amo vocês dois, luzes da minha vida.

Abraço que vale ouro

Quinta passada comecei a trabalhar em turno integral. E sofrendo horrores pelo quanto o Caio deveria estar sentindo a minha ausência. Mas eis que chego à noite e... tudo normal. Sorriso feliz de boas vindas, mas normal. Ele nem sentiu a minha falta! Sexta, eu já mais tranqüila. E volto pra casa... e recebo um abraço tão forte que nem parece saído daqueles bracinhos frágeis. Ele se “pendura” em mim, me baba toda em incontroláveis beijos. E assim passa também o sábado, todo carente de mim, onde um simples e silencioso colinho é suficiente. E eu sofro um pouquinho sim, mas principalmente fico “me achando”, toda importante e necessária ao meu amado. Daquelas pequenas e ao mesmo tempo grandiosas coisas que o dinheiro não paga...

quinta-feira, 1 de março de 2007

Nossas férias


No início, o tempo não ajudou... Ainda assim, o Yuri, o papai e a prima Lara saíram para explorar os morros de garopaba (SC).

Não existe tempo feio quando se está de férias...

Olha o relax do Caio à beira da lagoa

Meu eterno muso do verão

E o mini-muso, descansando, que ninguém é de ferro...

A turma toda: primos Alex e Tati, com a filhota Lara, eu e os príncipes e Sandro batendo a foto


Mas, eis que enfim, o sol resolveu nos brindar com sua presença!

E aí foi hora dos manos curtirem pra valer...

Pegando aquele bronze pra impressionar as gatinhas

Depois de tantas emoções, só mesmo uma redinha pra completar!