domingo, 30 de outubro de 2016

Sobre ganhar e perder

Trabalho diretamente com política. No primeiro turno, meu vereador saiu vitorioso, como o mais votado do município. Alegria pelo reconhecimento a um forte trabalho de equipe realizado com muita dedicação. Hoje, ao término do segundo turno, nossa candidata à prefeitura não se elegeu. Tristeza e frustração pelo objetivo não alcançado, apesar de todos os esforços dispendidos. Muitos amigos me mandaram mensagens em solidariedade. A eles respondi o que se tornou a inspiração do que venho falar com vocês hoje. 

Só conhece o sabor da derrota, quem já experimentou a vitória. 
Felizmente, eu conheço os dois.

Hoje, as coisas não saíram como o planejado, como o esperado.
E quando não dão certo, é muito comum buscar os porquês da falta de êxito. Que bom, essa é a parte do aprendizado, da reflexão, do amadurecimento. Sempre ficam as lições para uma próxima vez.
O outro lado é justamente lembrar que se a derrota nos é amarga, é porque a comparamos com o deleite certamente já experimentado da vitória. Se temos o parâmetro do quanto é ruim perder, é porque lembramos a delícia que é ganhar. 

Esse é o jogo da vida. Inconstante porque mutável, surpreendente, sempre desafiador. Como escrevi recentemente, a soberba da felicidade pode ser perigosa. Por isso, às vezes, a gente perde. Para nos situarmos que nada é para sempre. 



Ah, mas olha só que bacana! Daqui a pouco começa um novo dia, um novo tempo. E o placar é zerado de novo. Bola no centro do campo, peças enfileiradas no tabuleiro, tudo contigo outra vez. Não é o máximo isso? Ter uma nova chance de fazer melhor do que hoje e vencer! Que tal? Eu aceito, super disposta a vencer amanhã. Vamos juntos?

Desejo uma semana corajosa para vocês e seus propósitos.
Um beijo,
Cláudia

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Melhores dias, piores dias

Ontem completei dois anos da minha primeira formação em Reiki. Seu princípio básico diz: Só por hoje. Principalmente naqueles dias mais difíceis, quando nos sentimos sem coragem ou forças para seguir. Que saibamos e nos permitamos, afinal é "só por hoje". O amanhã sempre pode nos reservar novidades. Mas que quando formos esplendorosamente felizes também saibamos que é só por hoje, para que não criemos a soberba da felicidade, pois ela é uma conquista diária. 

Meus amigos, alguns leitores do blog, generosamente dizem que sou um exemplo de bom humor e positividade, apesar de minhas dificuldades. Primeiro que gosto de esclarecer: a deficiência de meu filho é apenas uma faceta dos desafios que vim enfrentar nessa existência. Apenas, talvez, a mais visível. Mas, tudo bem, tudo o que me veio foi para que eu estivesse aqui hoje. E não, não sou sempre positiva. Tenho meus piores dias, como todo mundo. Tenho minhas bads e por vezes choro junto a meu travesseiro. Me permito. Só por hoje. Mas essa não é a minha escolha de vida. E é disso que, sim, se eu pudesse, aceitaria ser exemplo: de que sempre dá pra virar o jogo, de que é tudo com a gente. 

A felicidade e a positividade são exercícios mais árduos do que a infelicidade. Muito mais simples, chorar sentado num cantinho, reclamando das injustiças do destino. Sei bem. Muito já fiz disso. Ser feliz de verdade, apesar de, é para os fortes. É olhar tudo o que também não está bom em nossas vidas e transmutar em combustível para, então, sair daquele lugar. Ou, por vezes, olhar, sentir as dores e acatá-las, com amorosidade e respeito, pois talvez seja o melhor que conseguimos fazer... Nem que seja só por hoje.


Que saibamos que a vida é isso: cair e levantar, sorrir e chorar, luz e sombra. Mas fica muito mais fácil quando a gente enfrenta nossas batalhas com um sorriso no rosto. Periga a gente se acostumar e conseguir todo dia, encontrar mais motivos para agradecer do que para lamentar. E fazer os melhores dias ganharem dos piores. Só por hoje. Só por amanhã. E por todo dia que pudermos. 

domingo, 23 de outubro de 2016

O que vou aprender esta semana?

Ouso dizer que passei a entender melhor a vida quando entendi que ainda havia muito a aprender, descobrir, conhecer. Se aos 20 anos eu acreditava que tinha em minhas mãos todo o poder concedido pela vitalidade da juventude, para conquistar o mundo; hoje meus mais de 40 me ensinam que o que tenho de mais poderoso e transformador é a capacidade de aprender.

Os últimos três anos me foram especialmente desafiadores. Uma montanha russa de emoções e experiências. Venci uma depressão profunda. Conheci a Programação Neurolinguística. Encerrei um casamento de 22 anos. Voltei ao mercado de trabalho após 7 anos. Iniciei um desenvolvimento mediúnico. Fiz cursos diversos. Me alegro em dizer que me transformei numa eterna aprendiz. Da vida e de mim mesma.

Durante muitos anos, uma das minhas fontes de renda era a formatação de trabalhos acadêmicos. Eu gostava muito, pois via ali a oportunidade de ler e aprender sobre assuntos diversos. E sabe? A vida é um eterno artigo a ser revisto, avaliado, formatado para o momento em que vivemos - e que pode, justamente, mudar a cada dia. As semanas se reiniciam, o calendário e as rotinas se repetem, mas nosso olhar pode sempre ser diferente. Reler a vida, as pessoas, as relações, nossas crenças. Acho que essa possibilidade é um dos maiores baratos da vida. 



Então, mais uma segunda-feira já está batendo às nossas portas. Eu sei dos vários compromissos e metas que tenho a cumprir e vou me esforçar para isso. Ainda assim, talvez não consiga todos e recentemente fui lembrada do poder positivo do fracasso. Uma faceta disso é a aprendizagem que cada situação nos traz, independente do resultado obtido. Não sei quais serão, mas acredito demais no tanto de coisa bacana que certamente terei a oportunidade de aprender nessa nova semana. 
Eu estou pronta e disposta. E você?

Desejo uma semana repleta de bons aprendizados.
Um beijo,
Cláudia

domingo, 16 de outubro de 2016

O sol de dentro da gente

Aqui no RS, passamos a semana passada em alerta metereológico de possíveis temporais. Muitas pessoas adiaram planos e ficaram invariavelmente já de mau humor aguardando as precipitações. O que só se confirmou hoje, domingo. Então, te pergunto: de que adiantou o sofrimento antecipado? E dias incontáveis de mau humor? Aliás, segundo a metereologia, agora que a chuva chegou, ela se estende por praticamente toda a semana. E aí, vamos ficar de cara fechada pra combinar com o clima?

Tenho um "mantra pessoal", que são falas que criei para mim mesma, para aguentar os solavancos da rotina e me fortalecer na caminhada. Entre eles estão, "eu só acordo para vencer", "viver é para os fortes", entre outros. Mas um dos meus prediletos é: "o que importa é o sol que brilha dentro da gente".

Nada é mais determinante do que a força do que vive em nosso peito e em nossa mente. Olhar a rotina e os acontecimentos da vida com o prisma da positividade e gratidão torna a caminhada mais leve e prazerosa, por mais íngreme ou estreito que seja o caminho.



Me vem à lembrança, um dia muito feliz que vivi. E sei que neste dia chovia muito. Porque alguém me alertou: "nossa, mas tu foste até lá e fizeste tudo isso, com esse tempo?" Ao que respondi: "Choveu? Nem notei". Obviamente que eu sabia da chuva, mas nada era mais importante do que vivenciar aquela alegria que acelerava meu coração naquele dia. Este sentimento era o sol que brilhava dentro de mim. Foi a ele que dei valor.

Podemos e somos convidados a fazer isso todos os dias de nossas vidas. Haverão os dias de sol, os dias nublados, os de refrescante chuva, os de temporais intensos. E haverão os arco-íris para nos lembrar que em tudo, pode-se ter cor e beleza. Não podemos pular o calendário para viver só os dias que nos agradam. Mas podemos manter sempre pulsando dentro da gente a força, a radiação, a luz de um sol emocional e mental.

Vamos juntos? Linda e iluminada semana pra vocês.
Um beijo,
Cláudia

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Ouvir e falar

Quando me formei na faculdade, em 1995, o paraninfo foi o jornalista Ruy Carlos Ostermann. Seu discurso era: sobre: Saber ouvir. Dizia ele que nós, só haveríamos de exercer bem nossas profissões, em qualquer um dos três segmentos da comunicação -jornalismo, publicidade e propaganda (o meu) ou relações públicas, se soubéssemos ouvir. Ouvir para falar? Eu havia feito o curso para escrever, para me tornar uma capacitada redatora! A questão é que acreditava que eu poderia ter algum dom com a escrita. Sempre me apresentei como sendo melhor na escrita do que na fala. Eis as reviravoltas que o mundo dá, eu abandono minha carreira por 7 longos anos. Porém, não abandonei os textos, criei um blog... e lá fui alimentando este amor com as palavras. No entanto, no início deste ano, um convite inusitado: tu não quer dar uma palestra? Para mães de crianças com deficiência, contar tua experiência, teu aprendizado, teu ponto de vista. Perguntei: quem haverá de querer me ouvir, uma desconhecida “mãe”? Mas, topei. E me apaixonei por este caminho. E de lá pra cá, tenho falado mais e mais. As mães em especial, se emocionam. Se sentem compreendidas. Ficam a refletir. Me abraçam e agradecem. Na última palestra, em Farropilha, uma das mães mais emocionadas veio me dizer que não tem um filho com deficiência. E ainda assim, meu relato lhe caiu como uma luva. Então lembro do primeiro momento inesquecível da fala de meu paraninfo. Sobre quando temos coisas boas a partilhar: “Mas você precisa falar disso o tempo todo, você precisa falar para as pessoas”.


As minhas palavras que nascem sempre do papel ou do teclado, ganham asas. E minhas falas começam a ir além do evento inicialmente destinado. Estou começando a montar uma agenda com outros locais, outros públicos. Estou sendo convidada a falar também de outras facetas de minha vida, outros temas. Me honra ter quem queira ouvir. Caminho lindo, não de ensinar, mas de trocar. E mais uma vez relembro o paraninfo: “Vamos falar menos, vamos ouvir mais. E quando nós falarmos, que nos ouçam". Busquei a faculdade para melhor escrever. Hoje me vejo locutora dos meus textos. Como já entendi e compartilhei nesta nova fase da minha vida, a palavra é meu destino. E hei de cumpri-lo.

domingo, 9 de outubro de 2016

Gracias a la vida

Quinta-feira passada sofri um assalto à mão armada. O segundo de minha vida. Não existem palavras para descrever o que passa na cabeça e no coração da gente numa situação dessas. Agora fica o trauma por um tempo, a desconfiança de qualquer pessoa que se aproxime da gente, na rua, a qualquer horário. Com tudo que se tem notícia sobre a violência nacional, sei que devo agradecer por estar viva. E aí, me caiu a maior ficha.

Quatro anos atrás eu enfrentei uma depressão profunda. Um processo acumulado de uns 3 anos. Chorava quando acordava de manhã, pois abrir os olhos significava que eu estava viva, teria que tocar aquele dia que me tinha sido concedido mais uma vez. Mas, ao longo destes dias, eu ficava pensando em maneiras de acabar com minha vida, modo pelo qual eu acreditava, teria fim o sofrimento que machucava minha alma. A cada rua que eu cruzava, pensava em me atirar na frente de algum veículo. Felizmente, eu nunca tive coragem.

O assalto dessa semana me mostrou o quanto estou curada. Eu tive um medo tremendo de morrer. Porque eu quero demais viver! Porque amo minha vida. Porque fui lembrada de tantas pessoas as quais sou importante e faria falta, que me amam. Porque ainda tenho tantos sonhos e planos futuros a realizar. A vida não é fácil. Mas é linda. Apaixonante. Instigante. Descobri que posso sempre extrair mais dela do que ela me oferece. E é isso que tenho feito, nos últimos três anos, a cada agora abençoado amanhecer que me é presenteado.


Como eu disse, fica o trauma, o medo. Mas como adoro ver a metade cheia do copo, quero terminar essa semana que me foi de uma grande provação, te lembrando sobre gratidão na adversidade; sobre como até o que é ruim pode ser uma oportunidade de reflexão e crescimento. Te falar que até o fim do poço, tem saída. Falo com propriedade eu já estive lá. Hoje, sou grata à minha vida! Seja grato à tua, à incrível chance que vais receber amanhã, quando o sol nascer, de tentar fazer ainda melhor.
Vamos juntos!

Um beijo,
Cláudia

domingo, 2 de outubro de 2016

Gratidão e vitória andam de mãos dadas

Hoje o nosso encontro de final de domingo é um pouco diferente.

Escrevo este texto ainda no sábado, pois trabalho com um vereador e domingo (amanhã) ficarei o dia todo envolvida com as eleições. Escrevo sem saber do resultado do pleito. E quero te falar de vitória e gratidão, para inspirar a semana que vai começar. Não, eu não sei, não tenho como saber se sairemos vencedores. Se manterei meu emprego. Trabalhamos arduamente para isso, mas o eleitor é quem é o verdadeiro soberano. Mas, não é disso que quero falar.

Quero te contar que, independente do resultado de amanhã, estou grata. E sei que venci. Estou grata por todas as oportunidades que esta recente experiência profissional me trouxe. Grata pelos colegas, pelas pessoas que conheci, as situações que vivi, o conhecimento adquirido. E venci, pois a cada dia, aprendi algo novo. A superar alguma insegurança. A desejar novos objetivos. Talvez, na hora em que consiga publicar este texto, as notícias não sejam as que espero. Te digo: não mudarão meus sentimentos.
E essa é a dica, o convite para a próxima semana: seja grato. Independente da situação. Não espere garantias de sucesso da vida para depois agradecer por elas. Seja grato pelo agora. Seja grato por aquilo que parece difícil de agradecer, pois sempre há na dificuldade imensas oportunidades de evolução. E que saber? Eu acredito que esse é o segredinho daquelas pessoas que nós costumamos chamar de vitoriosas. Olhar absolutamente tudo com entusiasmo, confiança e gratidão te abrem novas perspectivas. Olhar com pessimismo só te incentiva a desistir. 

Eu sou grata pelo que vivi, independente do que o amanhã me reserva. Pois sei seguramente que a soma de minhas experiências – boas e más – me prepara para lidar de forma cada vez melhor com o que virá.

Se tua semana terminou de maneira difícil, agradeça. Ela te preparou para tirar de letra futuros obstáculos, se eles vierem. Ou te farão aproveitar ainda melhor as alegrias que te estão reservadas. Se ela inicia com boas perspectivas, agradeça! Certamente os dias bons são frutos daqueles não tão bons assim que tu já venceste.


Gratidão e vitória andam de mãos dadas. Junte-se a elas e tenha uma linda semana.

Um beijo,
Cláudia