Ontem foi mais um dia de saudades pra mim.
Se viva estivesse, ontem minha mãe Leslie estaria completando 76 anos.
Mas não foi possível, um câncer a levou há 18 anos. E especialmente ontem, senti muita saudade. Mas foi uma saudade daquelas boas, sabem?
Ela foi minha mãe de criação. Ou de coração, como ela preferia dizer. Me dizia que tinha gerado em seu coração o amor de mãe por mim. E assim, eu me transformei na sua filha. E ela, que nunca pôde dar à luz, se transformou na minha mãe mais amada.
Foi com apenas 5 anos que ela me levou para debaixo do seu braço. Quando eu tinha apenas 19 anos, ela se foi...
Mas foi tudo tão intenso, tão verdadeiro.
Com ela, aprendi os valores mais importantes dessa vida.
Honestidade. Responsabilidade. Solidariedade. Dedicação. Verdade, acima de tudo!
Foi ela que me ensinou que eu sou muito mais do que minha aparência.
Que me mostrou que a maior riqueza de uma pessoa não cabe em balanços ou saldos bancários.
Me ensinou que tudo na vida é transitório. Menos nossa essência.
Ela era uma pessoa tão diferente, tão cheia de excentricidades, de opiniões fortes. E acho que fui uma das raras pessoas que teve acesso ao imenso coração, tão puro, tão generoso, tão cheio de coisas boas e doces para deixar.
Sempre digo, é ela o espelho da mãe que eu desejo ser para os meus filhos.
Todas as eventuais qualidades que eu possa ter, vieram dos ensinamentos dessa mulher.
E principalmente, nunca, nunquinha ao longo dos meus 37 anos, me senti tão verdadeiramente amada e protegida, como no colo da minha mãe Leslie.
A mãe que me gerou no coração.
Muita saudade. Ainda bem que o maior é ainda maior. Sempre.
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