Vivemos numa era moderna. A chamada era da globalização, o momento de compartilhar quase que instantaneamente informações, descobertas, conceitos.
Eu confesso que sou uma fã convicta das novas tecnologias. Mas, como em quase todo avanço que a humanidade deu ao longo de sua existência, continuo achando que nunca estamos preparados para fazer o melhor uso dela.
Porque entre tudo que é disseminado via email, celular, iPhone, redes de relacionamento, etc, eu só vejo crescer a globalização do umbigo.
Cada vez mais as pessoas vivem seus mundinhos exclusivistas, mal dando conta dos seus problemas materiais ou fúteis.
Quase chegando o Natal, multiplica-se o derrame de palavras como "solidariedade", "ajudar ao próximo". Mas, paradoxalmente, o homem que domina as tecnologias, parece desconhecer solenemente o resultado efetivo de tais palavras.
Ajudar, estender a mão... parece algo sempre tão cansativo ou dispendioso.
E estou longe de falar de dinheiro. Falo de 10 minutos de disponibilidade. De um brevíssimo telefonema: "Alô, como vocês estão?". De um torpedo dizendo "Estamos com vocês". E o paradoxal de tudo isso é que quanto menor a distância geográfica, maior o afastamento, a omissão, o desinteresse.
Tento trabalhar ao máximo minhas crenças. Caio já me mostrou várias vezes que existem coisas neste mundo que não é de minha competência vir a entender, ao menos por agora.
Mas é muito difícil ao menos não lamentar que três anos ainda não foram suficientes para transmitir algum aprendizado, alguma consciência.
O que continua valendo é alimentar, olhar e acarinhar exclusivamente o seu próprio umbigo.
5 comentários:
Querida, espero que Caio esteja bem, muito saudável.
Tempos modernos... estamos perdendo tanto com essa onda consumista! Perdemos nas relações, perdemos nosso centro. Até a arte é afetada naquilo que Affonso Romano de Sant'Anna chama de "anomia ética e estética".
Tudo de bom para sua casa e sua família.
Fica um afago no seu coração
Um beijo grande, grand em ti.
Votos de melhoras rápidas.
É Dinha, é isso né, cada vez mais a gente vê as pessoas só preocupadas com si próprias e é triste, muito triste. Toda essa "vontade" de ajudar o próximo, de ser solidário que acontece perto do Natal só prova isso né.
Por incrível que pareça eu ainda me surpreendo com esse tipo de gente, pra mim isso nunca vai ser "normal".
beijos,
Rê
Eu sinto isso, o quanto eu me omito de chegar perto de pessoas que realmente amo por estar preocupada somente com o meu mundinho. Tenho tentado procurar ver mais o outro, mas como isso é difícil.
Está aí uma boa resolução para o ano novo que se aproxima.
Beijocas, Marcia POA
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