O Yuri desde sempre teve paixão por bicicletas. A última que ele teve foi em 2006, daquelas pequenas (acho que aro 14) com rodinhas auxiliares para se equilibrar. Numa de nossas primeiras tentativas de usá-la sem as tais rodinhas, ele voou para o chão e teve um ferimento bem feio no rosto. Foi o que bastou para que ele trocasse a bici pelo roller e pelo patinete. Ele só voltou a pegar a bicicleta no final de novembro de 2007, ele já bem maior que ela, se sentia pronto a se aventurar de novo. Posso dizer que numa de minhas intuições maternas, escolhi naquele momento seu presente de Natal: uma bici nova, maior.
Compramos uma bicicleta bem bacana, aro 20, com marcha e de aço cromado, colorida com azul e branco como meu gremista tanto gosta. A minha surpresa foi que ele amou, pegou a dita cuja e saiu pedalando por aí. O espanto: a tal bici "grande" não tem rodinhas auxiliares! Por onde meu filho aprendeu a andar de bicicleta sem rodinhas que não vi?
A bicicleta passou a ser um símbolo dúbio para mim. Símbolo do crescimento do meu filho, que tanto me orgulha. Símbolo dele desbravando caminhos da longa e feliz vida que ele há de ter. Mas é, ao mesmo tempo, símbolo do meu receio: por onde tenho andado enquanto meu filho cresce?
Na praia, no final do ano passado, ele já me alertava: "Em 2008 vou fazer 8 anos". Como assim? Para mim foi ontem que esse lindo bebê chegou! Vejo assustada a barrinha no topo do blog: 7 anos, 8 meses, 1 semana e 5 dias... O tempo anda correndo e tenho medo se ele me será favorável. Desse jeito, quando eu abrir os olhos novamente terei um pré-adolescente em casa. Depois um rapaz e mais tarde um homem, que sairá de casa para conquistar seu próprio território.
Será que estou aproveitando tudo o que posso dessa infância que já me parece demasiada curta? Será que estou deixando meu amor e minha verdade impressos em cada momento, para que eles sustentem com respeito nossa relação, independente do passar dos anos? Torço para que nossas brincadeiras, viagens, canções, leituras e, até mesmo, nossas brigas, fiquem guardadas num cantinho de recordações especiais. Desejo imensamente que meu filho sempre possa afirmar seguramente: Sou feliz! Sou amado! Rezo para que ele me guarde no porta-jóias do seu coração. Ao lado de sua boa companheira, a bicicleta.
9 comentários:
É Dinha, o tempo passa muito rápido mesmo, e dá uma dorzinha né rsrsrsrsrs.
Ele tá lindo na foto, tanto quanto hoje.
beijos,
Rê
Oi Dinha!
Passa rápido demais, né? A Fernanda já fez seis meses e, por mais que eu tente aproveitar todos os momentos, fica a sensação que o tempo passou e eu não vi. Essa semana ela começou a comer sopa! E amanhã já vai estar me avisando que vai viajar com as amigas.
Mas uma coisa tu podes ficar trânquila. Para o Yuri e o Caio, a infância vai ser um período que passou rápido porque foi maravilhoso. Eles são muito felizes, porque são criados com muito amor.
Um beijão pra vocês.
Cassandra
Dinha,
que texto lindo mulher!
Sabe que ao ler me deu um aperto no peito...é tão bom e tão ruim ao mesmo tempo tudo isso não? Um sentimento de ganho e perda ao mesmo tempo. Mas fazer o que né? Essa é a vida!
Tenho certeza de que vc vai deixar marcas e recordações mais do que maravilhosas nos pensamentos e no coração dos dois lindões ai.
Bjs
Nossa Dinha que fofo...
Fico imaginando qdo minha pequena vai aprender sem as rodinhas tb...
Beijos imensos nesse pequeno corajoso...
Dinha, como eu te entendo! Fiquei assim na formatura da Lu no ano passado lembra? E fico assim sempre que pego o Rodrigo fazendo coisas que até ontem não fazia. Sempre me dá a sensação de "onde eu estava que não vi?". Também tenho a mesma dúvida que você. Não consigo responder a minha dúvida, mas como espectadora da sua experiência, não tenho dúvidas que o Yuri está marcado para o resto da vida pela mãe maravilhosa que tem! Bjs mil, mulher inesquecível
Ai, Dinha, nem me fala, o tempo parece voar mesmo... Acho que todo o tempo do mundo nunca será suficiente para curtirmos tudo que esses pimpolhos têm.
Beijos enoooooooormes nocês!
Dinha, achei muito verdadeiro o seu texto, e reflete a realidade de muitas mães, a minha inclusive. Meu bebê vai fazer cinco anos já, e eu me lembro de sua carinha pequenina quando ele nasceu. Eu acho que no ritmo que vivemos, sempre teremos essas dúvidas, se estamos aproveitando suficientemente o tempo com nossos pequenos (enquanto ainda são pequenos), mas tenha certeza que eles lembrarão de nós sim, e guardarão memórias lindas para dividir com os filhinhos deles, assim como temos as nossas memórias, que dividimos com eles.
Beijos mil! Te amo, minha linda!
Ai que fofo que ele tá na foto.
Dá uma saudade, não dá?
Eu já sinto saudade de ver as fotos da Mariana um ano atrás. Ai ai...
Beijocas pra vcs!!
Valon, Yuri, todo mundo anda fazendo 8 anos.Por que não eu ?
Ah, Dinha, como eu gostaria que o tempo passasse mais devagar.Pra todos.
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