quinta-feira, 20 de julho de 2017

Sobre reeducação alimentar, reconhecer-se e recomeçar

Eu digo e assumi para mim mesma: não estou de dieta, estou tentando cultivar novos e saudáveis hábitos. Que inclui alimentar-se da melhor forma possível e praticar atividade física. Tem dado certo. Melhorei muito meus exames laboratoriais, disposição, entre outros. Mas, como coloco em toda publicação que compartilho a respeito: mais do que tudo, o grande desafio é mudar meu mindset; meu modelo mental. 

O último mês me foi emocionalmente difícil em alguns aspectos pessoais. O impulso era compensar o que me angustiava com algo de comer. Em algumas vezes, consegui domá-lo. Em outras, não. Semana passada foi meu aniversário. Tive comemorações praticamente todos os dias. Ou seja, escorregões no cumprimento do cardápio planejado, mais bebidas alcóolicas e um recesso na academia. O corpo, talvez mais adaptado aos novos hábitos, respondeu rapidamente. Inchaço. Roupas apertadas. Me pesei ontem e a boa notícia é que não aumentei o peso. A má notícia é que não perdi mais nada, estacionei. 

E como disse, o maior desafio é mudar minha mentalidade diante desse enfrentamento com minha obesidade, meu corpo, autoestima e amor próprio. Então, tento me eximir de culpas. Tento, ao contrário do que sempre foi usual, ser mais amorosa e complacente comigo mesma. A culpa só me trará mais peso e eu ainda o descontarei na comida, pois ainda é assim que consigo agir na maioria das vezes. Então me amo pela coragem de estar determinada a mudar. E me aceito por entender que uma mudança de mais de 40 anos não se dará, de forma efetiva, em tão pouco tempo. E me permito recomeçar. 

A nova vida, a nova Cláudia tem sido construída há tempos.
Acima, em meu aniversário de 43 anos, em 2015 e neste agora, semana passada.
Tive prazer em, por alguns dias, transgredir os novos hábitos. Mas tenho satisfação de olhar onde estive, onde já cheguei e, principalmente, tenho muita certeza de onde ainda desejo chegar – e vou. Então, recomeço. Buscando o equilíbrio entre quem sou e quem estou me tornando. Ciente de que reeducação leva tempo. É preciso paciência e perseverança. Mas que seja também com leveza e alegria. Porque é assim que me propus a alimentar minha vida. Para sempre.

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