quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Não é o ano, não é o mês: somos nós

  • Já virou tradição como panetone e especial do Roberto Carlos. Todo fim de ano, a cada dissabor que a vida nos apresenta, inicia a lamúria: “Pra mim, o ano X já deu”. “Pode acabar ano Y". Termina ano Z”. Como se as coisas fossem ruins por causa do ano e que no virar da meia noite de 31 de dezembro, todas as dificuldades desaparecerão num passe de mágica. 


  • Me perdoem os fatalistas do calendário, mas a culpa não é do ano. Somos nós! Como assim, nós? Isso mesmo! É aquela velha máxima: não é o que nos acontece, mas como reagimos ao que nos acontece. Invariavelmente todo ano, morre alguém querido. Também se vão personalidades bem quistas do cenário artístico e cultural. Acontece alguma tragédia, acidente, catástrofe ambiental. Alguém perde o emprego, termina um relacionamento, sofre. Faz aí uma retrospectiva. Todo ano! As dificuldades estão aí para todos e se jogar no muro das lamentações culpando o ano só nos isenta da responsabilidade em batalharmos a própria felicidade! 


  • Sempre falo que um dos grandes aprendizados que tive ao longo da vida foi sair fora do vitimismo. Somos autores de nossas histórias. Temos o poder de transformar cada momento vivido, por pior que seja, em evolução. Para na próxima, reagir diferente! É usar a morte para valorizar a vida a cada dia. É usar a perda para buscar a vitória. É usar a dor para aprender a superação. 


  • Na mesma linha, porém em outro hemisfério, é a ladainha de que o novo mês traga bênçãos, prosperidade, sucesso. Maravilha querer e acreditar nisso. Mas sabe? É tudo contigo! Tem que fazer por onde, batalhar, ir atrás. E pra isso, não precisa esperar virar o mês, nem o ano. Dá pra começar hoje, agora! Ser dono do próprio destino é atitude para os mui corajosos. É assinar com firma reconhecida as próprias escolhas e matar no peito suas consequências. 



Então, se é pra entrar na vibe do recomeçar e de novas energias, que tal essa? A de tudo que é bom e ruim nasce e se encerra a partir de nós mesmos, da potência que damos a cada um dos eventos vividos. Vamos mudar? Vamos assumir a direção de nossas vidas? A partir dessa escolha, qualquer dia, mês ou ano, tem tudo pra ser incrível.

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