Se o nascimento do Yuri pouco afetou minha relação com os médicos e minha visão pré estabelecida sobre a medicina, o Caio veio para mudar radicalmente isso. E é uma faca de dois gumes, porque desde o início cruzamos com péssimos e com excelentes médicos.
Foram médicos arrogantes (da Obstetrícia do Hospital), com pressa, sem tempo de ouvir a paciente em questão (eu) que conduziram os procedimentos de forma errônea que causaram a falta de oxigenação cerebral do meu filho. Mas foram médicos maravilhosos (da equipe da UTI Neonatal), atentos, interessados, humanitários, que levaram serviço para casa no final de semana e salvaram meu Caio de uma sepse e de uma meningite gravíssima, me devolvendo meu guerreiro vivo, pronto para lutar!
Nesses mais de 5 anos muito precisamos deles. E conhecemos de todos os tipos.
Aqueles que se acham seres humanos superiores, quase divinos. Que impõem diagnósticos e tratamentos. Que acham que alguns casos, como o do meu próprio filho, portador de paralisia cerebral, são casos "perdidos" e não merecem esforços de seu precioso tempo.
O que me alenta e alegra é saber que existe um outro lado. Existem os médicos por vocação, por amor. Que dedicam seus dias para melhoras a condição de vida de seus pacientes. Que usam da verdade, do carinho e do atendimento personalizado e humanizado como suas melhores ferramentas de trabalho. Que são meus parceiros na busca de dias cada vez melhores para o Caio, porque sabem que nada é impossível. Que a medicina não é uma ciência exata. Que precisamos ser, médicos e pacientes, cúmplices em busca da qualidade de vida.
A eles, minha eterna gratidão.
Minha homenagens à Dra. Jaqueline Aguiar Volkmann Amaral, a melhor pediatra que meus meninos poderiam ter e que eu acho que todas as crianças merecem.
Ao querido neuropediatra Dr. Richard Lester Khan que nunca fechou as portas para os sonhos que tenho para meu Caio, mas sempre com os pés bem fincados no chão.
Aos inesquecíveis doutores Valentina Gava Chakr, Diego Rodrigues Costa e Letícia Remus Moraes, que chefiados pelo dr. Mauro Bohrer, garantiram que eu pudesse ter o Caio aqui comigo, para contar essa história e aprender outras tantas.
Aos drs. Diego Malheiros de Moura e Luis Carlos Schneider por se tornarem nossos parceiros recentes, mas comprometidos e competentes, na luta nossa de cada dia.
São eles exemplo do verdadeiro digno exercício da medicina. São médicos maravilhosos. E se tornam anjos de quem, como a gente, precisa muito deles, praticamente todos os dias. A eles, nosso muito obrigado, nossos parabéns e os votos de um Feliz Dia do Médico - hoje e sempre!
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