sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Amor de amigo, que simples que é

Eu acredito em Deus. 
Acredito em desígnios e não em coincidências.
Por isso, certamente, não foram à toa as experiências que vivemos especialmente ao longo da última semana.

Assumidamente ansiosa de pai e mãe, como me qualifico, já ando sofrendo um pouquinho, por temores de que, por algum motivo, Caio não se adapte bem à nova escola. O medo maior, confesso aqui, é sempre dele não ser bem aceito pelos colegas. E aí, o Papai do Céu manda as respostas.

Na semana anterior, fomos dar um passeio ao shopping. Lá encontramos três (!!!) ex-colegas. A Júlia e os irmãos Léo e Arthur. Ambos ficaram muito felizes em revê-lo. Arthur fez questão de lanchar próximo à gente, veio com o irmão Léo tirar foto e dar um beijo no Caio, compartilharam o brinquedo/brinde da lanchonete. Coisa linda de se ver.

Encontrando amigos Arthur e Léo no Shopping

Segunda-feira agora, precisei ir à Porto Alegre e deixei Caíto com a Amanda, minha afilhada amada. Os dois se adoram, é uma coisa! Na volta, à tardinha, busquei-o e fui direto ao mercado com ele. Fiz um trajeto que não costumo fazer. E, sem saber, passei em frente à casa do Gabriel e do Rafael. Foram eles os primeiros amigos do Caio, no primeiro ano de Jardim, em 2011. Sempre ao lado dele, eram seus fiéis escudeiros, dando carinho, ajudando com a cabecinha, tentando ajudar com o lanche, as tarefas, segurando ele nos brinquedos. Seguidamente nos encontramos nas ruas do bairro e eles correm sempre, com uma alegria genuína estampada no rosto ao ver o Caio. Ficamos conversando um bom tempo e fiquei emocionada de ver que mesmo que eles tenham se separado há mais de um ano (os meninos foram para o primeiro ano em 2012), o carinho por meu filho permanece inalterado, forte e verdadeiro. É. Não são mais colegas. Se tornaram amigos.

Os queridos Gabriel e Rafael

No primeiro desfile que Caio participou, ladeado pelos dois "escudeiros"

Sempre havia um deles ao lado...

Depois, na quarta-feira, encontramos a mãe de outra duplinha de gêmeos, o Wagner e o William. Wagner foi colega do Caio no Jardim B, em 2012. Conversamos bastante. Ontem, precisei dar uma nova saída, breve, e Yuri ficou dando uma olhada no mano. Dali a pouco me liga, avisando que os coleguinhas tinham ido visitar o Caio! Pois a mãe comentou que tinha o encontrado e disse que eles não sossegaram enquanto ela não os trouxe para vê-lo! Yuri me conta ao telefone que foi uma visitinha de minutos, já que eu não estava, mas que eles pediram para voltar outro dia para brincar. E que Caio foi só alegria, mandando beijos e ficando visivelmente muito alegre com a presença dos colegas. E choramingou quando eles foram embora (chorinho compartilhado também pelos meninos que queriam ficar mais tempo).

O amigo Wagner, ao lado direto do Caio, lhe dando a mão

No Seminário de Educação e Inclusão

William e Wagner, na festa de encerramento 2012

Nossa, isso aqueceu meu coração de uma forma! Foi uma resposta perfeita aos meus medos. Caio é cativante. Eu acho, mas eu sou mãe. Me dizem, mas sempre desconfio que é para me agradar. De repente, vejo o valor do meu filho por ele, frente às amizades que ele, por seu total mérito, conquistou.

Eu, em minhas neuras e traumas pessoais, sempre fui muito carente. Muito de querer saber "por que não me amam?". Minha mãe tentou me ensinar que amor não se cobra. Ou a pessoa tem ou não. Nunca me perguntei "por que fulano me ama tanto, apesar dos meus defeitos?". Para ambas as perguntas, a resposta é praticamente a mesma: Porque não. Ou PORQUE SIM.

Caio, mais uma vez me ensina. Ele é amado. Conquistou suas amizades verdadeiras, que transpuseram a "obrigação" do convívio diário. Não é amado porque é um aluno de inclusão. É amado por seus amigos, simplesmente porque sim. Porque tocou seus corações. Conseguiu compartilhar com eles momentos de alegria, de carinho, de cumplicidade, que os amigos querem continuar vivenciando. Amor de amigo é assim. Simples, não necessita de explicação. Amor de amigo simplesmente é.

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