quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Yuri, Lado B

Como nem só de semnoçãozice são feitas as mães, e como Yuri é sim uma pessoinha igual a todas as outras, apresento o lado B.
Se me orgulho do coração lindo que ele tem, me preocupo horrores com a pré-adolescência com cara de adolescência total que, a meu ver, chegou cedo demais. No meu tempo, a gente não tinha direito a esses pitis não... ou dava sorte (como eu, com minha mãe de criação) e rolava altas DRs... ou não tínhamos vez e o chinelo comia solto (como no caso do meu mano, com nossa mãe biológica). E confesso, para horror dos pedagogos de plantão, me DNA puxou à família... tenho que respirar muuuuito devagar, contar até 5 mil e meditar horrores pra não dar uma chinelada corretiva nesse mocinho que tá ficando um tanto abusado... Afffffffff... quem disse mesmo que seria fácil.

Yuri está bastante intratável. Não gosta mais de estudar, está num momento totalmente improdutivo e umbilical. Se deixar, chega da escola e sua vidinha se resume a dormir, ouvir música, assistir tv, jogar um game ou ficar navegando. Só pensando em seu bel prazer. Dividir tarefas? Arrumar o próprio quarto? Quem me dera! Claro que sou uma mãe pentelha, fico pedindo colaboração... E aí ou escuto a palavra "saco" numa proporção nunca dantes imaginada, ou fico escutando incontáveis suspiros que também significam "ai que saco" ou ainda entramos no mundo do rapazinho cansado, incompreendido e vítima de todos.

A comida segue sendo um drama. Depois do momento anorexia, ele está se alimentando bem. Mas só quer junk food. E cada vez que insisto num arroz com feijão, senta que a ladainha recomeça... suspiros, sacos e afins...

Ok, eu ainda lembro da minha adolescência e da mãe maravilhosa que tive ao meu lado nessa época e na qual tento me espelhar todos os dias. Mas, numa coisa, o Yuri tá certo... é um "saco" mesmo! Muito difícil colocar limites sem parecer a mãe carrasca. Fueda impôr as regras pra uma pessoinha que se acha gente grande e colocá-lo no devido lugar dos seus parcos 10 anos. Em muitos momentos, é muito tênue a linha que separa o diálogo e a permissividade...

Como tudo, é um aprendizado.
Que faço lado a lado do meu pré-adolescente malinha, mas que tanto amo...

Um comentário:

Karla Coelho disse...

Ô faseznha complicada essa da pré adolescência... eu me achava, achava que ia mudar o mundo, rs. Tem que ter muuuuuuuito amor mesmo e tentar conversar e exlicar o porquê das coisas. Mas tudo no fianl dá certo! Pegue ele pela emoção, diga que o ma e que precisa da ajuda dele, que o irmão precisa de sua ajuda e dele para que a casa fique organizada e que não tem problema ele comer sadubas, cachrro quente mas que se comer sempre pode acarretar numa série de problemas, dornaçs e etc...

Você é uma mãezona! Beijos!