segunda-feira, 30 de março de 2009
Mudanças
Mudar de ares.
De cabeça.
No modo de agir.
Mudar de endereço.
De emprego.
Do jeito de ver as coisas.
Mudar meu corpo.
Minha gula.
Minha ira.
Minha inveja.
Subtrair meus pecados capitais.
Mudar de sonhos.
De status.
Até mesmo de problemas.
Mudar tudo ao mesmo tempo agora.
Sem nem ao mesmo saber
se há essência que mereça ser preservada.
Mudar,
mudar,
mudar...
Mudar para manter
minha reles sanidade.
sexta-feira, 27 de março de 2009
Coelhinho da Páscoa, que trazes pra ele???


quarta-feira, 25 de março de 2009
Alguém ainda duvida?

P.S. Repararam na nova coxa se delineando, com a dieta sem glúten?
quinta-feira, 19 de março de 2009
Rumos inesperados
A gravidez não planejada do Caio começou a transformar minha vida, e o antigo blog passou a falar quase que exclusivamente de maternidade e dos meus filhos. Aí nasceu oficialmente o Meus Frutos.
Onde Caio, nossa luta, nosso aprendizado e nossa fé são assunto predominante.
E onde o que é escrito é tão somente os relatos de uma mãe, absolutamente comum e igual a tantas outras.
Tenho recebido vários recados e comentários pedindo mais informações sobre palavras, tratamentos e outros assuntos que abordo aqui no blog, tendo sempre como referência minha vivência com o Caio.
Muita gente chega aqui pesquisando por meningite, sepse, hidrocefalia, microencefalia, intolerância, etc. E me pedem conselhos, dicas.
Gostaria de dizer que estou à disposição para compartilhar minhas experiências através do meu email pessoal (cr.lacerda@ig.com.br). Mas também gostaria de deixar claro que não sou médica, nem especialista. Sou mãe. Curiosa, interessada, leitora ávida de tudo o que diz respeito às patologias do meu filho. O que posso compartilhar é a minha experiência com ele, o que não significa que seja a regra. Ou que esteja certo - principalmente porque ainda mais em casos de neuropatias, cada caso é mesmo um caso!
E peço também que relevem a "velocidade" na minha resposta, quando for o caso.
O tempo, Caio e o modem nem sempre colaboram.
Bem-vindas Karla e Ana Andrea!
terça-feira, 17 de março de 2009
Expectativa, descrença, persistência
Este tem sido o meu grande e particular desafio nos quase últimos 4 anos. Na verdade, como mãe, quero tudo para meu Caio. Sonho com ele caminhando, falando, sendo parte integrante, atuante – e respeitado – da sociedade. Mas racionalmente sei que não é bem assim. Existe em mim um lado realista que apenas deseja sua reabilitação da melhor forma possível, para que ele tenha saúde, qualidade de vida, felicidade. Na condição que for.
Dia desses conversava com a Thaís, sua fisioterapeuta há mais de 3 anos. E comentava com ela o quanto já sonhei com o Caio andando e falando normalmente, sem nenhuma seqüela aparente. Sei que isto é praticamente impossível. E nas horas em que tento ser mais objetiva – a fim de não me frustrar e não minimizar as grandiosas conquistas do Caio com minha frustração – penso que gostaria “apenas” que ele andasse e não necessitasse de fraldas a vida inteira. Penso por ele, por sua dignidade e para que tenha algum nível de independência. Aí, na mesma semana, cai em minhas mãos um jornal informativo da AACD. A matéria de capa traz a seguinte chamada, frase destacada da entrevistada, Célia Leão, deputada federal no quinto mandato e vice-presidente da instituição:
“ANDAR É ACESSÓRIO, O PRINCIPAL É A VIDA”.
Como acredito que nada acontece por acaso fiquei pensando no porquê o andar me parece o mais importante na reabilitação do Caio. Penso inúmeras vezes se não estou “pedindo demais”, mais uma vez. Meu filho – apesar de toda a sua instabilidade – tem um quadro considerado fantástico para tudo o que superou e para um cérebro que mal iniciou a vida com 80% de área lesionada. Mas a mãe aqui ainda quer mais. Na maioria das vezes, gostaria de um novo milagre em nossos destinos.
E entre o medo de estar exigindo do meu menino mais do que ele possa dar, a crença sincera de que ainda podemos mais e a vontade incessante de buscar sempre mais, eu sigo tentando equilibrar esses três sentimentos.
Ontem fizemos uma avaliação numa nova fonoaudióloga pro Caio. Não estou satisfeita com o atual tratamento, estou achando-o fora de foco. Sigo na luta pela bolsa da hidroterapia, que está para sair a qualquer momento. A equoterapia ainda é meu grande sonho. Penso e busco avaliar a AACD. E tem a Educação Condutiva, sobre a qual já escrevi aqui.
Me pergunto se um dia essa inquietação terá fim. Ou resultado. Ou se poderá acabar por transferir a meu filho as angústias que, afinal, são minhas...
Caio ganhou uma cadeira de rodas, anatômica, sob medida, nova, doada pela AACD. Deverá chegar dentro de 30 dias aproximadamente. Eu sempre pensei que me deprimiria ao pensar ele como cadeirante. Mas, ao contrário, fiquei feliz demais. Porque sei que é o melhor, o mais confortável para ele. E que Deus, mais uma vez, fez chegar o melhor recurso até ele.
Como já disse mais de uma vez, jamais vou desistir do meu Caio. Quero ofertar a ele todos os recursos. Aposto forte no avanço da ciência e das experiências com células-tronco. Aqui em Porto Alegre, o primeiro “hospital do cérebro” do Brasil já realiza, com sucesso, tratamento de epilepsia com as mesmas. Acredito na possível maturidade de seu cérebro, que tanto tem evoluído como resposta às terapias que fazemos e procuramos incansavelmente. Sei, do fundo do meu coração, da intervenção divina em nossas vidas.
Mas enquanto vejo o tempo como um inimigo, que muitas vezes briga com minha ansiedade, mostrando que nada acontece na velocidade que eu imagino ou desejo, é ele também, o tempo, um grande aliado. Ele tem me permitido vivenciar tantas experiências ricas, que, de alguma forma me trazem maturidade e serenidade.
Esta semana ele passou a se equilibrar melhor no parapódium, um aparelho que usamos para que ele consiga posicionar melhor o quadril e a coluna e fortalecer o pescoço e a cabeça. E ele mesmo ficou feliz demais. Acredito que ele conseguiu ver a vida de outro ângulo – de cima! O que senti ao ver ele assim é indescritível.
Sim, eu acredito.
Mas acima de tudo admiro demais esse pequeno-grande.
Sei que todas as suas vitórias são grandiosas.
Ainda que não tenham outras, ele já é, indiscutivelmente, um vencedor.
Mas lá dentro do meu coraçãozinho, preciso confessar: acho que recém começamos esta caminhada!
Assim seja!

De pé, como bom guerreiro que é

Feliz, consciente de sua própria garra!
terça-feira, 10 de março de 2009
Um projeto para 2009
Agora, o amor tornou-se real.
Pude aproveitar nossa breve estadia em Floripa para conhecer pessoalmente a Letícia e a Escola de Educação Condutiva Com Amor, localizada em Canasvieiras, na Ilha.
Posso dizer que eu não precisava de muitas explicações sobre o que é a Educação Condutiva, uma vez que sou curiosa do assunto há pelo menos dois anos. Mas ver de perto o lugar, as profissionais, as crianças e a Letícia, me trouxe um novo fôlego.
Sou uma pessoa que acredita muito em energia.
Pois a Escola de Educação Condutiva Com Amor vibra uma energia linda, intensa, amorosa, positiva.
E passa a ser meu grande projeto para 2009.
Quero que a Educação Condutiva possa agir na vida do Caio.
E que ele possa conviver e interagir com o Henrique, o Gabriel, o Leonardo, a Becky e toda a equipe.
É minha meta para este ano.
Que possamos atingi-la.
Com amor.

Nós, no jardim da Com Amor - uma tarde especial para todos!
Quem disse que seria fácil?
Eu quis muito ir pra Ingleses este ano, quando, por incrível que pareça, sobrou um din-din extra. Porque amo Florianópolis. Porque a primeira viagem que eu e Sandro fizemos oficialmente como namorados foi pra lá. Porque foi lá que curti parte da gravidez do Yuri. Porque sempre fui feliz cada vez que pisei lá.
Nossa última ida a Ingleses foi no verão de 2006. Foi pra lavar a alma depois de um 2005, ano da chegada do Caio, com tantos sobressaltos e tanta luta. E Caio curtiu muito, nos enchendo o coração de alegria e esperança. Ele tinha 10 meses. E por incrível que pareça eu ainda não sabia que ele tinha paralisia cerebral.
Nossa temporada 2009 foi uma delícia, mais uma vez. Floripa é sempre uma delícia. Mas, preciso confessar, eu sofri mais desta vez.
Em 2006 eu levei um bebê para a praia. Um bebê que ainda não sentava sozinho, mas para o qual estávamos longe de imaginar o diagnóstico que viríamos a saber depois. Um bebê “atrasadinho” por assim dizer, mas que não chamava atenção para nada além de sua fofurice.
Este ano, a história foi outra. Dessa vez eu viajei com um filho deficiente. Caio logo foi identificado com uma criança “com problema”, “doentinho”, pelos outros hóspedes da pousada que ficamos. No centrinho, onde passávamos as noites a saborear as delícias da Ilha, Caio sempre era alvo de olhares curiosos. E preciso confessar que esses olhares sempre me doem demais. Sei que este é um problema tão somente meu, muito particular. Mas nem por isso menos dolorido.
Na primeira vez, levei um bebê que tomava uma medicação por dia e podia comer “qualquer coisa”. Dessa vez, levei um menino que usa 9 diferentes medicações diárias. Alguém que temos imensa dificuldade de levar para comer fora, para nos acompanhar nas guloseimas, por conta de sua dieta bastante restritiva.
Em alguns momentos fiquei muito chateada.
A vida até que poderia nos ser mais fácil.
Mas ao admirar detalhadamente o mar de Ingleses e a profundidade do olhar feliz do meu filho, pude lembrar mais uma vez daquilo que realmente vale a pena, do que jamais fará eu desistir.
Gosto de Ingleses.
Lá me sinto mais pertinho de Deus.
E pude mais uma vez agradecer a Ele todas as oportunidades que nos são presenteadas.
Não, não é nada fácil.
Por vezes, derramamos lágrimas bem doloridas.
Mas quando a gente tem oportunidade de sorrir, como fizemos em nossas mini-férias, podemos relembrar o valor real de cada coisa, de cada momento.
E aí redescubro que não é fácil.
Mas é extremamente recompensador.

Caíto, meu bebê, em Ingleses 2006

Caíto, meu rapazinho, em Ingleses 2009
segunda-feira, 9 de março de 2009
Flashes de Floripa








Close no Superman!
"Lá vem o negão, cheio de paixão..."

Clima de lua-de-mel???

A família Buscapé

Adoráveis bagunceiros
Meu rapazinho

Curtindo um som no fim da tarde

Enfim, o primeiro peixe!

Com Jurerê ao fundo é fácil sair bonito na foto...

Eles, que eu amo tanto
Eu e Fifo
Que frio que nada! Pro Caio praia sempre é tempo bom!

Fifo curtindo uma balada à beira-mar

É impressão minha ou eles são mesmo lindos?

Teve até encontro mothern com a Dani e o Davi!
Já estamos planejando um bis para 2010!
segunda-feira, 2 de março de 2009
De volta
