sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Lições - O resgate

Acredito que realmente tirei muitas lições desta hospitalização do Caio.
Por mais que tenha doído, acho que cresci mais um pouquinho.
E pra mim, uma coisa que ficou muito clara foi a importância da minha mãe nas nossas vidas - minha, do Caio e do Yuri.
Já compartilhei várias vezes o quanto, no cotidiano, me desentendo com ela. Não fui criada por ela, por circunstâncias que neste momento não vêm ao caso. Nos separamos quanto eu tinha 5 anos, embora sempre tenhamos mantido contato. Voltei a morar com ela, por conta do destino, 29 anos depois. Com marido e filhos à tiracolo. Mas somos muito diferentes, pensamos e agimos muito diferente uma da outra.
Mas sou obrigada a reconhecer: minha mãe é meu grande esteio.
É ela quem cuida do Caio, para que eu possa trabalhar e custear suas altas despesas.
Eu pago. Mas pago menos do que ela merece. E tenho a confiança de que o Caio está em mãos tão boas e amorosas quanto as minhas. É ela quem o leva na fisioterapia, agora na fono e que está pronta para levá-lo onde for preciso, se isto significar maiores chances de qualidade de vida pra ele.
Foi com ela que compartilhei a missão de cobrir as 24 horas de hospital. 12 para cada.
Mas foi nos braços dela que deixei o Caio nos meus momentos de maior medo e dor. Quando eu achava que não ia segurar a onda, ela segurou por todos nós.
E, depois, ela me conta que também conversava com ele, quando ele ainda estava convulsionando. E que pediu à ele pra nos escolher mais uma vez, pra ficar com a gente, mas ficar bem... Me disse também que pensava no quanto todos sofreríamos se ele partisse, mas especialmente a dor que seria para o Yuri...
A primeira noite de UTI também foi dela. O primeiro colo que os médicos deram direito ao Caio foi o dela.
É como digo, passar por situações extremas assim podem nos deixar com medo ou fortalecidos.
Acredito que mais uma vez pude redimensionar as coisas na minha vida.
O que realmente importa, o que vale, o que é verdadeiro.
E pude perceber que a ligação que tenho com minha mãe é forte, intensa. Apesar das picuinhas do dia-a-dia. Que são tão somente isso, migalhas. De algo muito maior e importante, que é o amor que ela nos têm.
Eu já quis me mudar e ir morar longe da minha mãe.
Hoje percebo que necessitamos dela para sermos felizes e completos.
E se eu tiver que mudar, ela irá conosco. Que bom que pude enxergar isso a tempo.
E que estamos resgatando nossa história ainda nesta vida.

Minha mãe, Ideli, eu e Caíto: um time que joga bem!

8 comentários:

Grilinha disse...

Quem tem mãe tem tudo, não é? Sorte a vossa. E ainda bem que percebem isso.

Que saudades da minha. Perdi-a com 17 anos e tanta falta me faz ! Um beijo .

Alessandra disse...

De, fico muito feliz que estja tudo em paz entre você e sua mãe ! Tenho certeza que apesar dos contratempos do dia-dia, ela é mais uma anjo de proteção pra vocês.
Beijos,
Ale

Claudia disse...

Que lindo isso, Dinha! Tão bom sabermos que podemos contar com alguém nos momentos difíceis e se é a mãe, é melhor ainda!
Tô tão feliz com a recuperação do Caio que vc nem imagina! Amo vcs!

Beijos e beijos pra sua mãe também. Ela merece!

Renata disse...

Eu compartilho com cada palavra Dinha, tenho pela minha mãe o mesmo sentimento.

E fico muito feliz que você possa contar com a sua mãe pra enfrentar tudo e espero que seja sempre assim.

beijos,

Isa disse...

Dinha, vocês jogam bem e formam um time maravilhoso! Que linda história a de vocês, viu? Sempre me emociono.
Beijos!

Cacá disse...

Dinha, que lindo esse post. Fico imensamente feliz por estar tudo bem com o Caíto e por vc ter ao seu lado a sua mãe, sempre te ajudando e te dando suporte. Isso é bom demais!!
Beijocas com muito carinho para vcs.

Anônimo disse...

Dinha, lindo o post. Vivo situação de longe parecida, sei que é bastante complicado, mas a vida está ai pra nos mostrar tudo que precisamos né. Ainda bem que ainda em tempo de aproveitar.

Te adoro mto. Beijão

Anônimo disse...

oi Dinha!
Olha, estou imensamente feliz pela recuperação do Caio! A gente sabe que esse menino vai longe, né?!
Que menino iluminado!
Beijos