E depois da matéria no jornal, Caio, eu e nossa busca pelo apadrinhamento, pela continuidade de seu tratamento em equoterapia foi parar na TV. Mais precisamente no programa Balanço Geral RS, na Rede Record.
Me preocupei com a tônica do programa, geralmente bem apelativo. Me preocupei também com a exposição dos meus filhos e de minha própria vida... Mas, enfim, também tenho a opinião de que, sem se arriscar, pouco se consegue. E acho que é uma luta importante e pouco divulgada. Não é só Caio. São, atualmente 300 crianças na fila de espera para um padrinho que lhes oportunize esta terapia! 300 crianças que poderiam ter a qualidade de vida melhorada. 300 famílias que poderiam comemorar mais avanços em seus pequenos.
Me chateio imensamente que o sistema público ainda prefira emendar do que prevenir. Muito embora a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) tenha aprovado o Projeto de Lei 5499/05 , do Senado Federal, que inclui a equoterapia entre os serviços especializados oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ainda cabe a estados e municípios estruturarem a oferta do serviço, o que depende da vontade dos gestores. E anda fraquinha essa vontade, né?
Me pergunto e tentei ao máximo colocar esta abordagem na matéria: até quando vão ficar preferindo aplicar cirurgias corretivas, ortopédicas, a investir em prevenção e reabilitação? A criança com indicativo de fazer equoterapia pode deixar de ser cadeirante. Pode evitar luxação de quadril. É preferível dar muletas, órteses, cadeiras de rodas; é mais cômodo ao sistema?
E se o sistema não funciona ou não atua como deveria... e as parcerias privadas? A Responsabilidade Social, onde fica? Grandes empresas que podem se beneficiar da lei de doações para apadrinhar uma criança e oportunizar este tratamento. E não o fazem. Eu gostaria de imaginar que é por falta de conhecimento. Mas, vários dias após a reportagem ir ao ar, começo a ver que talvez não seja isso... Talvez ainda impere a preguiça e a má vontade, sim. Triste.
Mas esta bandeira hoje é a minha vida. Botar a boca no trombone. Correr atrás. Brigar pelo que pode parecer óbvio que é a igualdade de oportunidades. Mas eu não tenho medo de brigas. Ainda mais se elas são pelo meu filho e por uma porção de crianças que, como ele, só tem a ganhar com o apadrinhamento na Equoterapia.
Se você está lendo esse post e se interessou sobre o assunto, acesse o site do centro de equoterapia Cavalo Amigo e informe-se sobre o projeto Equoterapia Solidária. Eu acho que o padrinho do Caio já, já vai chegar. Mas ainda existem 300 crianças à espera de um.
E ficou curioso pra ver a nossa matéria? Não seja por isso, confira agora!
Um comentário:
Ja esta chegando minha amiga...a trotes lentos devido a burocracia, mas a caminho! Bjos c carinho.
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