“Eu não pedi para nascer!” Quantas vezes ouvimos essa frase, dita por incrédulos ou crentes. Aqueles, convencidos de que o sofrimento sempre é injustificável. Estes, como querendo cobrar de Deus ou da vida as dificuldades que experimentam e julgam não merecer.
Será mesmo que não pedimos para nascer?
Parecem mais razoáveis as crenças e as filosofias que apontam para a possibilidade de que a vida humana seja uma sucessão de existências direcionadas ao aprimoramento do espírito. E que este, no seu processo evolutivo, vai assimilando morte e renascimento como episódios interligados entre si, instrumentos indispensáveis ao despertar e ao evoluir da consciência que não morre nunca.
Quando entendemos que somos, nós próprios, os artífices da nossa sorte, os construtores da nossa felicidade, passamos a valorizar a vida. Esse é o verdadeiro passaporte para a eternidade.
Desperta o amor pela vida. De posse dele, o espírito vê-se estimulado a novas e fascinantes experiências, que se expressam em reencarnações capazes até de oferecer provas mais duras, destinadas a refazer o equilíbrio que nós próprios violamos (há quem chame isto de punição), mas cuja finalidade maior sempre será o progresso do espírito.
Pedimos, sim, para nascer.
Freqüentemente, até interferimos em complexas decisões elegendo a pátria, a família, a ocupação que deveremos ter. Não somos vítimas de um destino cego e cruel. Somos consciências viajando rumo à luz.
Milton Medran Moreira
Presidente da Confederação Espírita Pan-Americana
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