sábado, 29 de janeiro de 2011

Dinha's Drops

E aí, como eu cobrei da Cass, via FB, também já recebi cobranças... Hehehehe...
Não, não estou deixando o blog. Mas estou de férias mentais.
Ou, ao contrário, em efervescência total, tentando resolver mil coisas.
Pra não ficar um post quilométrico, vamos aos destaques da semana...

* Na verdade, o big destaque foi uma virose muito mala. Caio ficou mais de uma semana mal, entre idas e vindas ao hospital. Após alguns diagnósticos imprecisos, ele caiu no grupo da infecção gastrointestinal viral. Que, eu vi, na nossa última noite de internação, esta lotando mesmo a emergência do hospital. Ele voltou pra casa segunda agora, mas só retomou, em parte o ritmo da sua alimentação a partir de sexta. Ainda está com o "fuso horário do sono" todo atrapalhado pelas hospitalizações...

* Depois dele, na quarta, foi minha vez de ficar muuuito mal. Estou há uma semana sem comer quase nada, primeiro em função do Caio, meu estado nervoso e tudo o mais. Depois, pela virose, que me pegou. Ontem tentei jantar, mas não deu. Ainda estou no esquema chá-e-canja. Mas não tô vendo a pança diminuir...

* Yuri ficou mais de uma semana na avó paterna. Espero que ele se livre da virose... Difícil, visto que hoje o Sandro amanheceu com os sintomas... Aguardemos os próximos dias.

* As aulas do Ito começam a partir do dia 8. Tô quase recorrendo à um remedinho para conter a MINHA ansiedade... hehehehe. E dias 9 e 10 agora ele tem nova avaliação para a nova cadeira de rodas solicitada mais as novas órteses.

* Então, com tudo isso, as férias estão quase acabando... Não rolou praia, vamos ver se rola no Carnaval.

* Com 5 mil planos de novos horizontes. Quem passa por aqui e torce pela gente, por favor, cruzem os dedinhos...

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Reticências

"O que é que eu vou fazer
Com essa tal liberdade?
Se estou na solidão
Pensando em você
Eu nunca imaginei
Sentir tanta saudade
Meu coração não sabe
Como te esquecer...

Eu andei errado
Eu pisei na bola
Troquei quem mais amava
Por uma ilusão
Mas a gente aprende
A vida é uma escola
Não é assim que acaba
Uma grande paixão...

Quero te abraçar
Quero te beijar
Te desejo noite e dia
Quero me prender todo em você
Você é tudo o que eu queria...

O que é que eu vou fazer
Com esse fim de tarde?
Prá onde quer que eu olhe
Lembro de você
Não sei se fico aqui
Ou mudo de cidade
Sinceramente amor
Não sei o que fazer...

Eu andei errado
Eu pisei na bola
Achei que era melhor
Cantar outra canção
Mas a gente aprende
A vida é uma escola
Eu troco a liberdade
Pelo teu perdão...

Quero te abraçar
Quero te beijar
Te desejo noite e dia
Quero me prender todo em você
Você é tudo o que eu queria..."

(SPC - Alexandre Pires)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Classificados de empregos

Eu preciso muito de um emprego.
De estabilidade. De dinheiro fixo, com dia certinho pra chegar.
Mais de 2 anos desempregada e tem sido f*da.
As necessidades do Caio só crescem. Agora, a médica fisiatra incorporou mais uma medicação à extensa lista que ele já usa. As comidas especiais, sem glúten, sem proteína animal e sem lactose cada dia mais caras. O benefício mal dá conta. Sempre tem algo que fica para o mês seguinte...
E nem vou entrar no mérito de que tenho DOIS filhos. Ou seja, Yuri também tem seus gastos.

Mas, se emprego não está fácil para ninguém, muito menos para a mãe de um portador de deficiência.
Algumas pessoas imaginam que num caso como o meu, buscariam qualquer emprego, qualquer salário, a ficar sempre correndo atrás da máquina no quesito finanças e as necessidades desse filho. Ok, maravilha. Na teoria.

Quem vai ficar com meu Caio enquanto trabalho? Não dá para ser uma simples babá. Precisa ser uma pessoa muuuuito paciente e atenta a qualquer sinal leve de crise convulsiva - as dele são quase silenciosas, mas perigosas, porque a saturação baixa muito e rapidamente. Precisará ainda acompanhar ele aos tratamentos de fisioterapia, hidro, t.o, fono. E, logo, logo, ainda vai ter que levá-lo e buscá-lo na escola. Vai se dispôr, assim? Por quanto? Quanto preciso ganhar para ter algum "lucro"?

Até 2008 quem cuidava dele era minha mãe. Eu pagava, na época, um salário mínimo a ela. Hoje ela não tem mais condições de saúde para assumir esse compromisso.

Não tenho medo nem preguiça de trabalhar. Tanto é que me sujeitei, como recenseadora, a trabalhar sábados, domingos, até tarde da noite, pegando sol e chuva na rua... naqueles dias de Censo eu negociava algumas horas por dia com minha mãe ou meu marido. Mas eu fazia meu horário, grande diferencial. E, como já disse, nesses últimos meses minha mãe teve problemas de saúde bem agravados, o que não permite mais que eu possa contar com ela por períodos maiores do que duas ou três horas... E meu marido tem assumido todas as despesas da casa nos últimos 6 meses. Mas, como é autônomo, quanto menos tempo ficar "na rua" atendendo seus clientes, menos dinheiro pinga aqui em casa.

Os docinhos me dão grande prazer e um bom retorno financeiro, mas as encomendas ainda são muito esporádicas. Agora, por exemplo, pós o boom das caixas para festas de fim de ano, tá tudo parado...

Minha grande expectativa reside que Caio possa se adaptar super bem à escola e, quem sabe, eu consiga um emprego para o turno da tarde. Aí, ele estando na escola (regular, municipal), posso, provavelmente, aceitar qualquer salário, que já será de valiosíssima ajuda.
Estou procurando, fazendo contatos, atualizei meu portfolio.
Entre as grandes e importantes metas para 2011 está voltar ao mercado formal de trabalho!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Cenas de uma tarde de verão...

Caíto se divertindo e aplacando o calor senegalês que faz no RS (em piscina nova, máxi, tudo de bom que Papai Noel by tia Zica o presenteou...)






segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Boletim "com estrelinhas"

Completamos um ano de acompanhamento e reabilitação na Acadef e, conforme reza o protocolo, hoje tive a entrevista de reavaliação com a chefe da fisioterapia pediátrica, para ver se Caio continua ou não seu tratamento, quais as direções que ele deve tomar para este ano, etc.
E a conversa foi bem produtiva especialmente para mim (para variar).
Confesso para a fisioterapeuta que, por vezes, sou obrigada a reconhecer que o desenvolvimento motor do Caio é lento por demais para minha ansiedade materna. Não vejo progressos muito significativos nessa área. Ela concorda, mas diz também que é o esperado para a gravidade da lesão que ele teve. Em contrapartida, me reforça o quanto seu cognitivo está se desenvolvendo, especialmente no último semestre. Caio expressa suas vontades, interage bem com os demais e seu meio, tenta brincar e, se não consegue, ao menos tenta muito evoluir motoramente. Gosta de ficar de pé, tenta dar passos. Ainda tem uma série de impeditivos, mas ela me fala de que esse querer dele pode ser transformador. Ou não. Pode ser que Caio seja sempre um cadeirante, ainda é cedo para saber. Sua excelente fase neurológica deve ser explorada ao máximo para 2011. Teremos uma nova avaliação com o fisiatra, para ver novas possibilidades.
Toda a conversa que tive com a dra. Karine me remeteu ao nosso passado, quando soube da meningite e, passado o choque inicial, rezei muito por um cognitivo preservado. É complicado isso. Não há mãe que prefira um filho deficiente físico a um deficiente mental. Caio é um menino com atraso, isso é fato. Mas sua evolução aponta para um excelente potencial. Ele tem grandes barreiras motoras, mas tem importantes pontos positivos: não tem deformidades e tem essa vontade de mudar sua própria condição. Nesse ponto, a ida à escola poderá ser determinante para que ele se desenvolva ao máximo.
Ou seja, ela termina a entrevista de que ainda há muito o que fazer pelo Caio. Os resultados que serão alcançados são imprevisíveis. Mas me garante que tivemos imensas vitórias até então. E que certamente, outras ainda virão. Que eu não me preocupe em rotular meu filho entre atraso mental ou motor. Que eu lembre sempre o quanto ele é guerreiro e feliz. Ou seja, passou o primeiro ano de Acadef com estrelinhas em seu boletim de avaliação.