quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Tudo ao mesmo tempo agora...

Eu tenho algumas superstições que não me abandonam. Uma delas é de que agosto realmente é o "mês do cachorro louco", como dizem... O meu especialmente foi algo ainda inexplicável em palavras.

Vivi algumas rupturas bem difíceis. Não sei se são definitivas mas, certamente, estão dando um novo rumo à minha vida. E, passada a dor e até mesmo a surpresa inicial, tudo parece encontrar novos eixos. Rompi também meu casamento, um relacionamento de 18 anos. E agora, depois de uma grande ventania, estamos tentando reescrevê-lo. Não é retomar, porque no ponto que estava, esse eu não quero mais... Ainda estou um pouco em cima do muro, sem saber se estou no caminho certo. Mas acho que está valendo a tentativa e a esperança.

Difícil é apagar projeções sobre um futuro que não cheguei a viver. Acredito que uma aventura em meio a tanto tempo de vida estável tem a capacidade de realmente mexer com nossas emoções e ideias... Mas, nesse momento, decidi abri mão de vivê-la, embora ainda tenha momentos de questionamento sobre minhas próprias escolhas.

Caio tem tido crises muito frequentes de vômitos. Uma a cada semana, pelo menos. Exames médicos concluídos, não há diagnóstico novo nem justificável. "Apenas" seu refluxo severo... No meio disso, aí sim, esqueço de mim e piro uns tempos.

Yuri tem se mostrado um pré-adolescente difícil de lidar. Busco culpados e quase sempre as flechas apontam para minha própria cabeça. Mas preciso confiar na minha terapia, a passo de tartaruga, mas, devagar e sempre. E na dele, que, a psicóloga já me avisou será lenta e longa. Ele dá uma importância demasiada à sua aparência física e isso tem influenciado negativamente em sua conduta, em seus relacionamentos, em várias esferas de sua vidinha. Torço pra que ele supere. E eu também.

Pra dizer que nem tudo é chororô, tem coisa bacana sim.

Meu trabalho no IBGE está sendo bem gratificante. Hoje terminei meu primeiro setor de entrevistas, tendo passado por 166 residências. E, como eu imaginava, é uma lição de vida. Espero levar grandes ensinamentos desse período.

Os frees em PP também estão rolando e ontem me surgiu uma oportunidade que parece bem interessante, que casaria bem com minha experiência profissional e de mãe também. Se der certo, depois abro aqui...

E ainda existem os docinhos... Encomendas a todo vapor!

Me sinto um pouco sem foco... parece que estou querendo atirar pra tudo quanto é lado. Mas, ao mesmo tempo, contraditóriamente, eu sou meu próprio foco. Pela primeira vez, em tantos anos, estou ME priorizando. Meus sentimentos, minhas vontades, meu prazer, minhas realizações. Se estou trilhando pelos caminhos certos, não sei. Mas sei que é atrás de mim mesma que preciso ir... E estou fazendo por onde.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Fantasmas e fé

Caio hoje faz 5 anos e 3 meses.
E nunca canso de pensar que cada data, que cada dia deve ser imensamente comemorado. De lembrar o quão guerreiro, o quão vitorioso é meu filho.

Já escrevi aqui que gostaria de esquecer isso, de vê-lo como uma criança absolutamente normal, sem nada de fantástico ou excepcional. Mas infelizmente, não é a nossa realidade. E preciso muito, em alguns momentos, viver tudo outra vez pra me manter na fé de que tudo vai acabar bem.

No seu acompanhamento neuropediátrico de rotina, estão incluídos os eletroencefalogramas de controle. Nada de novo, nada de ruim, mas nada de bom. Caio continua com as ondas cerebrais desorganizadas e com potencial epilético. Por conta do seu saudável aumento de peso, o Richard, seu neuro, aumentou a dose de um dos anticonvulsivos, o Depakote. Dose terapêutica que, se espera, diminuam cada vez mais a incidência das pequenas crises convulsivas que Caio tem com alguma frequencia. E esse é um dos remédios que me despertam fantasmas. Ele é secretado diretamente pelo fígado e pode sobrecarregá-lo, podendo causar, inclusive, nova hepatite medicamentosa no meu pequeno.

Caio usa três anticonvulsivos para que ele possa tomar doses pequenas a médias de cada, evitando que se sobrecarregue justamente algum órgão, pelo excesso. E aí agora voltamos à rotina do monitoramento mais frequente das provas hepáticas do seu sangue. O que não é garantia de nada. Quando Caio teve hepatite, em 2008, ele tinha feito provas com resultados normais. A hepatite chegou galopante quinze dias após os exames.

O que eu penso de tudo isso? Que tenho medo. Que tenho medo de ter medo. Que tenho medo de não saber enfrentar o que nos está destinado. Preciso então resgatar sempre e sempre nossa história para me certificar de que damos conta. De que está tudo certo, tudo dentro do nosso já conhecido script. De que não estamos sós. De que os fantasmas existem sim. Mas que eles não são nada diante da nossa fé, aquela teimosa, de que sim, vai dar tudo certo. De novo. E mais uma vez. E tantas vezes quantas for preciso.
Amém.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Dar nome a um filho...

Sempre achei que é uma enorme responsabilidade escolher o nome de uma pessoa. E é o que acontece com nossos filhos. Yuri foi escolha do pai dele. Com Y, como o astronauta russo Gagarin. Fui meio contra, mas não obtive êxito ao tentar persuadi-lo. Hoje, não imagino meu Yuri com outro nome que não o seu lindo Yuri...
Mas há dificuldades.
Na escola, quando começou a alfabetização, ele não encontrava objetos com a letra Y para ilustrar seu nome. Recentemente ele me fez lembrar desse episódio. Está acontecendo uma brincadeira na escola, onde a criança precisa citar o que levaria junto numa viagem... que comece com sua letra. E aí fomos pesquisar novas palavras "abrasileiradas" com a letra Y. As flexibilidades da figuração de linguagem do português nos permite até mesmo citar algumas marcas como sinônimo de substantivo. Para os publicitários se chama branding, que é o sonho de todo produto/marca/anunciante. Seja o que for, ufa! Tô salva! Arrumei algumas "coisas" para meu Yuri levar em sua viagem de brincadeiras...

Então, Yuri pode levar em sua viagem...

... um yakissoba (macarrão chinês),


levar ou ir com uma yamaha (moto),


ir acompanhado de um yanomami (índio)


e ainda levar um yorkshire (cachorro)


Fica a dica para futuros papais... existem vários elementos para se levar em consideração na hora de escolher o nome do seu filho, preste atenção!!! Mas também fica a constatação de que ter um filho é a mágica oportunidade de reinventar regras...

domingo, 8 de agosto de 2010

Carinho

Ter 38 anos tem suas vantagens.
Entre elas, saber que nada como um dia após o outro. E que nenhum dia se repete.
Recebi no finalzinho dessa semana o carinho em forma de presente da minha querida leitora e amiga Marlene.
Um gesto de uma generosidade e doçura sem fim, que aqueceu meu coração.
E o maior de todos os valores: feito pelas mãos da própria Marlene.





Quem quiser conferir mais de suas obras de arte, acessem http://www.mmora-bolsas.blogspot.com/
Obrigada, querida, mais uma vez. Ter uma amizade assim é que é um presente sem tamanho!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Tristeza

"É melhor sofrer uma injustiça que praticá-la, assim como às vezes é melhor ser enganado do que não confiar".

Samuel Johnson

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A escolha é a alma gêmea do destino*

Sei que das nossas escolhas são feitos os nossos caminhos.
E acho que saber disso é que torna o ter que escolher tão difícil.
Ainda que se possa mudar o caminho no meio, sempre fica a questão: e o outro caminho, como será?

* frase de autoria de Sarah Ban Breathnach